Pedido de Desculpas
Esse é um artigo dirigido especificamente a um grupo de pessoas ou classe política. E tem como objetivo salvar os mesmos dos adjetivos infelizes que o meu último artigo transporta. Peço desculpas e lamento, mas na minha intenção, ao tentar desmistificar o cargo de maior responsabilidade no país, não tive alternativa. Isso vale para os cargos de ministros e secretários que existem por aí.
O artigo estava dirigido ao potencial de responsabilidade que alguém deve ter ao assumir o cargo de Presidente da República em Angola. Que enfatizo em dizer que essa responsabilidade e competência de quem está no mesmo cargo hoje é duvidosa. Esse cargo hoje é ocupado por um ex-combatente ou alguém que pertence também a aquela categoria política que muitos chamam de “Os Antigos Combatentes”. Concordo com a idéia e proposta de que a estes devemos gratidão e respeito, mesmo nas piores condições ou circunstâncias. Só espero que as mesmas circunstâncias, às vezes, não sejam usadas para camuflar falhas vindo da aquela classe de homens e mulheres que tanto fizeram pelo país e ainda fazem. Considero que fui infeliz ao me dirigir a quem ocupa o cargo de presidente como “Antigo Combatente”, apesar da expressão “Antigo Combatente” não estar explícito no texto, mas ficou subentendido e devo dizer que nunca da minha parte existiu intenção de ofender estes.
Ou seja, para mim uma coisa é ser Presidente da República, cargo que pode ser atribuído a qualquer Angolano, desde que mostre competência e seja responsável pelos seus atos, e a outra é ser “Antigo Combatente” um atributo que por circunstâncias históricas só é privilégio de alguns cidadãos angolanos. Falando em responsabilidade que bom que todos nós estivéssemos à altura de assumir as nossas.
É por isso que venho aqui dizer que aquele artigo estava especificamente dirigido a todo cidadão normal e em particular ao Presidente da República, e não aos antigos combatentes. Quando digo todos, é que temos a esperança absoluta de que o cargo aqui referido um dia será ocupado por qualquer um outro angolano, que da mesma forma será exigido do mesmo responsabilidade, inteligência e competência.
O cargo para Presidente da República não é exclusivo para “Antigos Combatentes”. Faço questão aqui de separar uma coisa da outra, e repetir que venho pedir desculpas a esta classe de homens. E por isso, também, aproveito as circunstâncias para pendurar minha intenção de voto nas próximas eleições presidenciais e dizer a todos que José Eduardo dos Santos não será o meu candidato a presidente da república em 2011 ou 20012. Mas estaremos aqui apara apoiar sempre o MPLA.
Nelo de Carvalho
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