A ineficiência de qualquer governo futuro nota-se pela perseguição diabólica de seus membros ao poder. Aquele estado da personalidade humana ou emoção de agir põe em dúvida as já questionáveis intenções de qualquer grupo político de oposição. É na demostração de postura diante deste tipo de situação -poder a qualquer custo- que os angolanos, numa Angola jovem e independente, demonstraram toda sua imaturidade. Imaturidade que às vezes se chegou a confundir com a própria barbárie. Assim, não são poucas às vezes que em nome desse poder se massacrou pessoas inocentes, populações e houve traições, vindo de todas as partes.
A obsessão pelo poder, por exemplo, tornou Jonas Savimbi em um homem alienado, possuído pelo desespero e a irracionalidade. Fez deste um Zumbi faminto a espera de qualquer carniça em qualquer esquina da política: tornou-se comunista e marxista quando pude, fez-se da extrema direta ao ponto de apoiar o regime racista sul-africano em detrimento de sua própria dignidade como africano e negro; tornou-se em mensageiro da democracia até onde lhe conveio e, finalmente, foi um protagonista do fascismo angolano tribal quando o desespero anunciou ao mesmo a impossibilidade do mesmo chegar ao poder.
O poder transforma a todos, em viciados e corruptos, e até em animais mentirosos. Assim, não é diferente com o exército de vampiros que hoje temos no poder.
Se para os governados, o tempo em que aqueles estão no poder parece uma eternidade. Esta eternidade será precisamente pela capacidade da turma dos chupas-sangues de se regenerarem no tempo, driblando as mudanças sociais, que são as verdadeiras causas de nossa existência como súditos que somos.
O vampirismo, na escala de ascensão de poder em Angola, é a razão de ser de uma cultura forjada, com mentiras e inverdades, para se lidar com uma nação que sangrou ao longo dos mais de 20 anos por causa da guerra. Este sangramento até hoje -traduzido em miséria- é atraído pela sede e a grande motivação vampiresca: a eternização daquilo que retrata a essência deste ser nojento e repugnante; que se renova com o sangue de todos nós, o Povo!
O vampiro é um ser intelectual, sim. Ou, ao menos, faz questão de ser. E no nosso caso, Angola, sua intelectualidade é a busca eterna da mentira. Ainda que seja as mais absurdas possíveis, como aquela que acusa eternamente o colonialismo português de nossas desgraças. Vê até nas falhas da Edel, Empresa Distribuidora de Energia de Luanda, falhas seculares, talvez antes mesmos que o Diogo Cão, aquele Bucaneiro ordinário, português, que atracou sem querer nas margens do Reino do Congo; só mesmo um Luandense pode acreditar na mentira de um Vampiro. Na verdade, estes, infelizes, fingem acreditar. E não que seja uma simples maneira de ignorar aquele, mas porque o veneno sobre estes tonou-os a vítima que compactua com aquele predador de almas, que o faz com o seu veneno, veneno que circula na corrente sanguina dos metropolitanos da nação angolana. O Luandense é mesmo assim, desde 1975, transformou-se num burro, como uma vítima, que só o Vampiro mais inepto sabe dominar.
A vítima do Vampiro é um ser zonzo, babaca, um aloprado sem ideias e sem expressão nenhuma -que não seja a pura submissão por telepatia, mas em conseqüência do veneno em seu sangue-, desalmado até o tutado; e o “melhor de tudo”, inofensivo.
O Vampiro como sempre, além de mentiroso e cínico, é um safado desgraçado e sem vergonha em busca de todas as justificações. É por isso que ele vive em Castelos – hoje chamam de Palácios- de luxosos, que contém bibliotecas, com os mais variados livros que nunca lê. Ele acredita se eternizar pela “intelectualidade” mesmo quando não tem habilidade e afinidade para isso.
E sabem qual a diferença entre um Vampiro e um Zumbi? Aquele pertence a elite, é um Príncipe, Nobre – suas origens pouco interessa. O que importa mesmo é o seu tempo presente. É um Nobre ser “refinado” que consegue atrair todos em sua volta; sempre pairam dúvidas sobre a sua nobreza -e quê? Como já disse ele tem um fim: eternizar-se no tempo pela mentira!
Este o Zumbi, dizem que é de origem africano, mas que evoluiu muito bem em lugares como o Haiti, reaparece de novo no continente, talvez, em busca do que nunca teve: meios de subsistência. O Zumbi, socioeconomicamente falando é um semi escravo despossuído de tudo, passa fome em vida. Depois de sua transformação em Zumbi não se conforma, é possuído de uma fome insaciável que o torna como todos nós já o conhecemos: de olhos afundados e escuros, mortos vivos invadindo tudo, principalmente, carne para se saciarem.
Eles são uns verdadeiros sombras na existência do povo Angolano. Estes a carne a ser devorada!
Nelo de Carvalho
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Um comentário:
Não deu pra perceber bem o atigo, parece o articulista qr falar de algo proibido!! Mas gostei de certas passagens como por exemplo a de culpar a nossa desgraça ao colono portugues...vlw
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