Um Governador de Luanda, recém empossado, político de grande influência no poder, tem a sua amante assassinada – uma das amantes! É um perfeito enredo para se criar uma novela policial, de crime, sexo e corrupção. E também é uma prova para se chegar a conclusão que a corrupção existe. Tão oculta e omitida por aqueles que mais têm a perder nesse país: o poder corrupto de José Eduardo dos Santos, e toda quadrilha de bandidos e larápios que rodeiam o chefe mor.
A pergunta é: será que esse ex-combatente está acima de todos e não pode ser acusado de corrupto porque andou combatendo no CIR ou lá nas matas do Maiombe? Será por que este foi treinado e modelado por Agostinho Neto ganhou direitos absolutos diante da nação inteira e que ninguém pode questionar o mesmo: sua capacidade, competência e até motivações políticas para continuar no poder? Já não se trata aqui de acusar o mesmo de corrupto. Mas de sabermos como esse tem lidado ou poderá lidar com este fenômeno. Se está mesmo preparado ou até se não tem o rabo amarrado a toda sujeira que lhe rodeia. É preciso não esquecer que nosso “Capitão Mor” é o chefe de um clã – pai de vários filhos, tio de vários sobrinhos ou parente de tantos parentes- que se deram no direito de estender seus tentáculos ambiciosos em todos os ramos da economia angolana. E fazem do tráfico de influência a escada precisa para se subir nos Céus. Os Céus, o paraíso, para essa gente é simplesmente terem o controle de tudo e terem a oportunidade de zombarem de uma nação inteira que até hoje viveu na sombra do engano e da falsidade ideológica. O passado não vale nada para essa gente, que aprenderam, sem peso de consciência, a burlarem do mesmo. Isto está refletido na emersão auto promovida sobre os escombros de uma sociedade sofrida e, hoje, assustada de boca aberta, diante de um suposto êxito daquele clã. Que fazem do estilo de vida que levam a mensagem de uma ideologia irritante, reacionária, desumana que a burguesia pode se dar o luxo – no pódio, depois desses trinta e cinco anos- de esfregar em nossas caras. E ainda dizerem ( essa é a verdadeira mensagem de sempre) que nós os milhões de angolanos devemos ser como eles, ou seguir o exemplo deles, é só “trabalharmos como eles têm trabalhado”.
Só faltou perguntar aquele clã, quanto dos nossos pais, tios, ou amantes de nossas mães nesse país são Presidentes da República?
Tem alguém no MPLA que pode dar explicações plausíveis diante de evidências cabeludas de que até que ponto o nosso “querido” corrupto tem competência para continuar a lidar com a corrupção e definir os destinos do país? Não se trata de ter legitimidade, o fato é que ele é um corrupto. Um corrupto, talvez admirado, pela imaginação mística e corrupta do imaginário popular africano: o homem de aspecto bonito, de poucas palavras e que se deu bem pela sorte milagreira a que nós os africanos envolvidos pelos “espíritos” dos antepassados estamos expostos.
Supondo que ele esteja livre de qualquer envolvimento, direta ou indiretamente, o que chega a ser impossível, mas vamos supor que ele é um verdadeiro inocente longe de todos os crimes que a máfia de políticos angolanos têm cometido. Se é inocente qual o papel dele no combate a corrupção, em que ponto do espaço e do tempo ele está posicionado?
É preciso não se iludirem. O combate a Jonas Savimbi e a manutenção da paz não pode ser o anteparo que da cobertura a um “herói” transformado em corrupto e delinqüente, rodeado de vícios, engolido pela preguiça, o conformismo de nunca ter feito nada e encobrir-se ou travestir-se no criador da obra que pertence a todo um povo: O heróico povo angolano!
Para aqueles que há anos vivem dizendo que é preciso provas para se dizer que em Angola existe a corrupção. Além do cenário montado, as provas estão aí, os crimes existem, o objeto questionado também –os milhões de dólares desaparecidos todos os anos nos cofres públicos, somem- só falta mesmo encontrarem os criminosos ou os corruptos, que, com certeza, a maioria deles está aí no Governo, no Governo do MPLA, dirigido por José Eduardo dos Santos. Só é preciso coragem para acusar essa gente de corruptos.
José Eduardo dos Santos é o homem que se especializou em se inocentar e ver como culpado, de maneira covarde e cínica, os subordinados que vivem bajulando o mesmo. É típico do príncipe mal agradecido, que se refugia de trás dos súditos para salvar o que tem de pouco: coragem, honra e dignidade para assumir seus erros. Isto não constitui uma análise proveniente do ódio, algum tipo de raiva e muito menos pela luta de poder. Quem está aqui ( Nelo de Carvalho) está longe do poder, da mesma forma que a morte está tão longe da vida, aquela não converge nessa, nunca!
É uma vergonha, Senhor José Eduardo dos Santos! A que ponto chegamos, a que nível!? Faça como os bons jogadores de boxe, quando não agüentam mais a pressão – a porrada!- jogam a tolha no ring.
Para mim, que já tive época que tanto o admirei- mesmo com infinitas dúvidas-, é uma pena ver agora você se desgastando no poder. Tornar-se inglorioso e o saco de pancada de uma sociedade que precisa se reestruturar.
Não duvide! Se continuar assim vai chegar o dia em que você vai encontrar-se sozinho. E sentira, talvez, pela primeira vez em sua vida, a dor dos poetas. Que consiste em fazer uma grande caminha, fugindo da solidão e no final do caminho ainda se encontrar sozinho.
“Y jamás como hoy me he vuelto a ver me solo en todo mi camino”- César Vallejo
Muitos de nós já nos sentimos assim há muito tempo. Porque perdemos o direito de termos uma pátria de verdade; porque muitas vezes fomos humilhados e esquecidos por aqueles, que por direito e dever, deveriam nos defender, nos abraçar, nos acariciar; porque vivemos de promessas ao longo desses anos todos, sonhando com um país que até hoje para nós não deu certo; porque o oportunismo e a fé cega na ganância de certas pessoas ceifou o nosso direito de doarmos o que melhor tínhamos a dar ao nosso povo.
Esse talvez não seja o seu caso, mas não se esqueça que o poder é uma das coisas que torna os homens solitários; e, o pior, teimosos, na pele de arrogantes e prepotentes.
Você já está nesse caminho!
Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/
A pergunta é: será que esse ex-combatente está acima de todos e não pode ser acusado de corrupto porque andou combatendo no CIR ou lá nas matas do Maiombe? Será por que este foi treinado e modelado por Agostinho Neto ganhou direitos absolutos diante da nação inteira e que ninguém pode questionar o mesmo: sua capacidade, competência e até motivações políticas para continuar no poder? Já não se trata aqui de acusar o mesmo de corrupto. Mas de sabermos como esse tem lidado ou poderá lidar com este fenômeno. Se está mesmo preparado ou até se não tem o rabo amarrado a toda sujeira que lhe rodeia. É preciso não esquecer que nosso “Capitão Mor” é o chefe de um clã – pai de vários filhos, tio de vários sobrinhos ou parente de tantos parentes- que se deram no direito de estender seus tentáculos ambiciosos em todos os ramos da economia angolana. E fazem do tráfico de influência a escada precisa para se subir nos Céus. Os Céus, o paraíso, para essa gente é simplesmente terem o controle de tudo e terem a oportunidade de zombarem de uma nação inteira que até hoje viveu na sombra do engano e da falsidade ideológica. O passado não vale nada para essa gente, que aprenderam, sem peso de consciência, a burlarem do mesmo. Isto está refletido na emersão auto promovida sobre os escombros de uma sociedade sofrida e, hoje, assustada de boca aberta, diante de um suposto êxito daquele clã. Que fazem do estilo de vida que levam a mensagem de uma ideologia irritante, reacionária, desumana que a burguesia pode se dar o luxo – no pódio, depois desses trinta e cinco anos- de esfregar em nossas caras. E ainda dizerem ( essa é a verdadeira mensagem de sempre) que nós os milhões de angolanos devemos ser como eles, ou seguir o exemplo deles, é só “trabalharmos como eles têm trabalhado”.
Só faltou perguntar aquele clã, quanto dos nossos pais, tios, ou amantes de nossas mães nesse país são Presidentes da República?
Tem alguém no MPLA que pode dar explicações plausíveis diante de evidências cabeludas de que até que ponto o nosso “querido” corrupto tem competência para continuar a lidar com a corrupção e definir os destinos do país? Não se trata de ter legitimidade, o fato é que ele é um corrupto. Um corrupto, talvez admirado, pela imaginação mística e corrupta do imaginário popular africano: o homem de aspecto bonito, de poucas palavras e que se deu bem pela sorte milagreira a que nós os africanos envolvidos pelos “espíritos” dos antepassados estamos expostos.
Supondo que ele esteja livre de qualquer envolvimento, direta ou indiretamente, o que chega a ser impossível, mas vamos supor que ele é um verdadeiro inocente longe de todos os crimes que a máfia de políticos angolanos têm cometido. Se é inocente qual o papel dele no combate a corrupção, em que ponto do espaço e do tempo ele está posicionado?
É preciso não se iludirem. O combate a Jonas Savimbi e a manutenção da paz não pode ser o anteparo que da cobertura a um “herói” transformado em corrupto e delinqüente, rodeado de vícios, engolido pela preguiça, o conformismo de nunca ter feito nada e encobrir-se ou travestir-se no criador da obra que pertence a todo um povo: O heróico povo angolano!
Para aqueles que há anos vivem dizendo que é preciso provas para se dizer que em Angola existe a corrupção. Além do cenário montado, as provas estão aí, os crimes existem, o objeto questionado também –os milhões de dólares desaparecidos todos os anos nos cofres públicos, somem- só falta mesmo encontrarem os criminosos ou os corruptos, que, com certeza, a maioria deles está aí no Governo, no Governo do MPLA, dirigido por José Eduardo dos Santos. Só é preciso coragem para acusar essa gente de corruptos.
José Eduardo dos Santos é o homem que se especializou em se inocentar e ver como culpado, de maneira covarde e cínica, os subordinados que vivem bajulando o mesmo. É típico do príncipe mal agradecido, que se refugia de trás dos súditos para salvar o que tem de pouco: coragem, honra e dignidade para assumir seus erros. Isto não constitui uma análise proveniente do ódio, algum tipo de raiva e muito menos pela luta de poder. Quem está aqui ( Nelo de Carvalho) está longe do poder, da mesma forma que a morte está tão longe da vida, aquela não converge nessa, nunca!
É uma vergonha, Senhor José Eduardo dos Santos! A que ponto chegamos, a que nível!? Faça como os bons jogadores de boxe, quando não agüentam mais a pressão – a porrada!- jogam a tolha no ring.
Para mim, que já tive época que tanto o admirei- mesmo com infinitas dúvidas-, é uma pena ver agora você se desgastando no poder. Tornar-se inglorioso e o saco de pancada de uma sociedade que precisa se reestruturar.
Não duvide! Se continuar assim vai chegar o dia em que você vai encontrar-se sozinho. E sentira, talvez, pela primeira vez em sua vida, a dor dos poetas. Que consiste em fazer uma grande caminha, fugindo da solidão e no final do caminho ainda se encontrar sozinho.
“Y jamás como hoy me he vuelto a ver me solo en todo mi camino”- César Vallejo
Muitos de nós já nos sentimos assim há muito tempo. Porque perdemos o direito de termos uma pátria de verdade; porque muitas vezes fomos humilhados e esquecidos por aqueles, que por direito e dever, deveriam nos defender, nos abraçar, nos acariciar; porque vivemos de promessas ao longo desses anos todos, sonhando com um país que até hoje para nós não deu certo; porque o oportunismo e a fé cega na ganância de certas pessoas ceifou o nosso direito de doarmos o que melhor tínhamos a dar ao nosso povo.
Esse talvez não seja o seu caso, mas não se esqueça que o poder é uma das coisas que torna os homens solitários; e, o pior, teimosos, na pele de arrogantes e prepotentes.
Você já está nesse caminho!
Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário