Li em algum lugar de que as famílias das vítimas ( ou da vítima) de Quim Ribeiro e da Máfia da corrupção angolana estão agora em disposição para chantagear aquelas. Isso era de se esperar desta turma de comandantes e generais.
Mas vamos aqui separar Quim Ribeiro do ordenamento institucional que hoje comanda a corrupção em Angola. Aquele só está sendo julgado porque seu esquema de corrupção é paralelo ao grande esquema que há 32 ( trinta e dois) anos engoliu o Estado angolano encabeçado pelos homens que, tradicionalmente, fazem parte daquela corporação de oficiais.
A corrupção institucionalizada em Angola tem um espírito. Este invoca uma espécie de redenção, jamais visto em lugar nenhum, que consiste no reconhecimento desmedido da corporação de generais, chefes, políticos e os comandantes reivindicadores de conquistas, que a boçalidade tipicamente angolana proclama diante de toda a nação. Porque todos eles andaram protagonizando às batalhas que levaram o país à independência, e a salvaguardarem a nação do fascismo tribal kwacha. É o tipo de corrupção em que o próprio Estado é autor e está envolvido com toda a sua máquina. A corrupção em que o Estado e o Governo fazem uso da legitimidade conquistada, por um discurso populista, que torna vesgo o cidadão, diante das maiores dificuldades já enfrentadas pelo país: a invasão sul-africana e a traição kwacha e de Jonas Savimbi. Quem é que não sabe que a corrupção é um mal menor diante de tudo isso!? “Era....!!!!!!!!!!”
Respondendo a pergunta: Pode ser, mas ela não justifica a safadeza e a cara de pau dos nossos Generais no poder. Não há crime que por menor que seja possa resistir o ordenamento dos fatos que a vida exige em tempos de paz e amor. Principalmente quando o objetivo é a harmonização de tudo aquilo que se pretende construir seguindo as regras da democracia. A não ser que este último regime seja uma falácia. O que seria uma soma, e o resultado muito mais catastrófico diante de tudo que vemos: principalmente da impunidade, da mentira e da desfaçatez.
O paralelismo dos atos protagonizados pela quadrilha de Quim Ribeiro com a máfia institucionalizada que hoje ocupa o poder, e faz questão de reivindicar o heroísmo e a gloria conquistada por todos nesse país, é a causa fundamental de que aqueles, infelizes, sejam julgados e esnobados diante da imprensa e de todos. Para assim se provar a opinião pública que o combate a corrupção existe. É o snobismo resultante da atitude do próprio chefe de Estado para com a nação inteira. Um cinismo e desprezo a ser imitado pelas instituições do Estado e pelo próprio governo, que veem nos atos do sujeito o exemplo a ser reproduzido. É o próprio estilo de um Estado e governo corrupto, sem chance de ser respeitado pelos “súditos”, porque estes deixaram de confiar e acreditar no estado, têm nos atos destes um mero exercício de jogo e diversão. É como o torcedor, que torce por um terceiro clube e não está interessado em qual dos dois clubes pode ganhar ou perder.
Se você quiser saber, amigo leitor, Quim Ribeiro e a sua quadrilha é um dos clubes que está em campo. A outra parte é a dos generais todo poderoso. E o nosso time ( em inglês team, clube), a dos torcedores, na verdade, é um time virtual. E consiste na simples expectativa de que todos eles, os corruptos, que um dia sejam julgados como tal pela justiça democrática deste país, quando um dia chegarmos lá.
Quim Ribeiro está sendo usado como cobaia. Primeiro de uma expectativa. Uma expectativa para provar a crença e a descrença do cidadão angolano. Está sendo usado como cobaia para desviar a atenção e fazer crer, como já dissemos várias vezes, que os corruptos só são os outros, ou, sempre, são os outros. É a covardia típica dos delinquentes transvestidos de chefes e até líderes. Uma falsa que o cidadão angolano engoliu para salvar o país das piores desgraças: a vitória do racismo sul-africanos e dos seus objetos traidores batizados ao redor de uma fogueira em Mwangai e parabenizados na Jamba. O savimbismo e a delinquência dos “outros” sempre foi usado como pretexto para se proteger a outra turma de delinquentes, não menos descaracterizados e perigosos, a diferença é que estes estão no poder. Com Quim Ribeiro querem desmistificar e dizer-nos que quem está lá em cima, e família, são probos e livres de qualquer suspeita.
Nós vimos aqui dizer que tudo isso é mentira. E que aquela família e o chefe dela ( e que dirige toda a nação) têm muito mais culpa que Quim Ribeiro.
Para que nossas acusações sejam fundamentadas vamos as seguintes perguntas: por que até agora o governo angolano não deu respostas eficazes dos 300 ( trezentos) milhões de dólares que desapareceram do BNA? Quem fez sumir está quantidade astronômica de dinheiro? Sobre esse dinheiro nunca se investigou, a imprensa pública -que é a que tem mais recursos e poderes para tal e que nestes longos 35 ( trinta e cinco) anos, enganosamente, ensinou o cidadão a pensar de que ela deve ter mais crédito- nunca anunciou nada.
Com o Quim Ribeiro querem jogar o lixo de baixo do tapete. Estão enganando o Povo, mentindo a todos! Tudo isso porque os eventos protagonizados pelo nosso policial, fora daquele grupo de ex-combatentes “glorificados”, não se cruzam com os eventos da máfia Estatal angolana toda poderosa, cínica e malfeitora.
Nelo de Carvalho
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Um comentário:
Eu sempre soube, q esse julgamente nao daria em nd, isso é td uma farça!! Bandido nunca queima o outro bandido...
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