A Fala de um Autista: O General Numa
Alguém já se perguntou: o que a UNITA hoje não faria para conquistar o poder? Faria de tudo e nada. No passado ela fez de tudo e hoje, vítima de caquexia, praticamente não faz nada; só atrapalha quem verdadeiramente está à altura de fazer oposição; a UNITA é a vergonha dessa democracia caquética, autista e que já nasceu doente. Esse furúnculo social reduziu a sua existência a um estado autista, estar fechado e distante de todos envolvidos no seu complexo de inferioridade. A febre de corrupção em que caiu o estado angolano é provocado por aquele tumor solitário e maligno, que no passado optou por uma guerra, que só os seus generais autistas não sabiam da impossibilidade da vitória; atrasando assim o desenvolvimento social do país. E até o combate contra a corrupção promovido pelos generais da outra parte.
Até a guerra que ela andou fazendo, era com certeza, inspirada nesse complexo, no complexo do autista com atrofiamento genérico e global do seu desenvolvimento. Temos a certeza que se o nativo angolano na pele do bailundo ou de outro grupo étnico precisasse de ajuda para lutar contra o racismo e o tribalismo não pediria, jamais, ajuda aos sul-africanos. Porque nós somos de convicção que o bauilundo além de inteligente tem auto-estima por ser negro (ou ainda branco) e angolano, e além de tudo por pertencer a aquela região de Angola.
Pode parecer uma vergonha para o MPLA descobrir agora que andou combatendo e enfrentando generais autistas; e que dizer de Ronaldo Reagan, a CIA e os Soares que usaram e usam essa gente até hoje? A propósito, o racismo e o tribalismo como discriminação podem ser encarados como uma forma de um autismo social. O estado em que a sociedade não vai mais além e sua manifestação mais patética é a figura de um ex-general derrotado fazendo apologia a violência e a desordem. É o Ku-Klux-Klan na versão angolana.
Bem! A verdade é que Numa não precisa se camuflar no Ku-Klux-Klan ele já é membro de uma organização que lhe dá o statu que quiser –incluindo a condição daquela- e que tem até acento no parlamento.
Em uma coisa devo concordar com o General Numa. Se vivêssemos numa democracia de verdade, não a democracia savimbista ou a de Mwangai nem esta que existe por aí, minimamente como resposta ele já seria processado por alguém por ser racista e tribalista, por odiar tanto os crioulos. Que no fundo, se a questão for nome ou cultura, constitui a maioria da população desse país. Talvez também séria o caso de perguntarmos ao nosso geral como se define e se identifica um crioulo.
Na sua entrevista, no seu discurso reduzido e programado, típico dos tempos do mais velho Jonas, em que seus homens tinham que reproduzir como papagaios as ameaças vindas do quartel geral da Jamba, e com a dificuldade que têm os autistas de iniciar uma conversa, não foi possível detectar a diferença que existe entre um crioulo e um bailundo.
Digo detectar. Porque a conversa do General Numa não era para se perceber, ou aquela típica conversa em que o interlocutor deve fazer uso de sua imaginação esperando uma possível surpresa na capacidade de criação de quem emitia os símbolos. Quem estava do outro lado deveria estar preparado para escutar um autista. Talvez menos do que isso: uma máquina, um robot programado, que fulmina ódio e racismo.
Nelo de Carvalho
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