http://www.diariodocentrodomundo.com.br/

http://www.tijolaco.com.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Você está preparado para a chegada do colapso econômico e da nova Grande Depressão?

10.02.2010 Fonte: Pravda.ru

           “Já é matematicamente impossível liquidar a dívida nacional dos EUA”. Quem argumenta é o site The Economic Collapse*, especializado em economia: “Se o governo dos EUA tomasse todos os dólares, centavo a centavo, de todos os bancos, negócios e contribuintes, ainda assim não seria capaz de liquidar a dívida nacional. E se assim fizesse, obviamente a sociedade estadunidense cessaria de funcionar porque ninguém teria mais dinheiro para comprar ou vender fosse o que fosse”. (1)
         O site também revela que não é o governo dos EUA quem emite a divisa (quem imprime seu dinheiro), “quem o faz é o Federal Reserve”. E explica que o Federal Reserve é um banco privado, portanto com o objetivo de lucro, instituído e operado por um grupo muito poderoso da elite dos banqueiros internacionais (“homens brancos de olhos azuis”, diríamos em boa alegoria). Basta darmos uma olhadela numa nota de dólar para vermos que se trata de uma “Federal Reserve Note”, pertence, portanto, aos donos do Federal
             Mais: se os EUA precisarem tomar mais dinheiro emprestado pedem ao Federal Reserve que imprimam mais pedaços de papel verde, chamados “US dollars”, a serem trocados por papéis de cor rosa, chamados de “Títulos do Tesouro dos EUA”, que aumentam o capital dos banqueiros. Assim, o governo coloca mais dólares em circulação ao tempo em que amplia sua dívida e os respectivos juros. E a dívida nacional já atinge hoje os US$ 12 trilhões, diante de um “patrimônio” – todo o dinheiro existente nos Estados Unidos – de US$ 14 trilhões.
           Grande parte é dinheiro fantasma: O “patrimônio” leva em consideração o total de notas fiscais, o dinheiro dos cofres dos bancos e seus depósitos nos bancos de reserva, ordens bancárias, travelers checks, outras contas de poupança, contas do mercado monetário, dos fundos mútuos, depósitos a prazo de pequenos valores, e outros. “Dinheiro” que “nem sempre existe”, segundo os economistas do The Economic Collapse, culpa de uma tal “reserva fracionária da banca”. Ou seja, os bancos “multiplicam” as quantias neles depositadas e o dinheiro assim “multiplicado” é apenas papel. Não existe.
           Assim, se todo o dinheiro possuído por todos os bancos, pelos negócios e pelos indivíduos dos Estados Unidos fosse totalmente reunido e enviado ao governo, não seria suficiente para liquidar sua dívida nacional. O único meio de fazer mais dinheiro é fazer ainda mais dívida, o que torna o problema ainda pior. É que, segundo a análise do The Economic Collapse, “todo o Sistema Federal de Reserva foi concebido para (...) vagarosamente drenar a riqueza maciça do povo e transferi-la para a elite dos banqueiros internacionais”.
E nós, brasileiros, que temos a ver com isso? Primeiro: uma recessão nos EUA arrasta outros países, como o nosso, que depende em grande parte do poder de compra e das boas condições de venda, enfim, da saúde da economia daquele país. Segundo: há uma tendência política muito forte das nossas instituições de se espelhar nos modelos institucionais dos EUA. Quem não sabe que querem nosso Banco Central independente do governo e dependente do “mercado”, portanto atrelado aos interesses dos grandes banqueiros internacionais.
           Para The Economic Collapse, nada mais atual que a profecia de Thomas Jefferson, um dos fundadores da nação estadunidense: "Se o povo alguma vez permitir aos bancos privados que controlem a emissão do seu dinheiro, primeiro pela inflação e depois pela deflação, os bancos e corporações que crescerão em tornos deles (dos bancos) privarão o povo da sua propriedade até que os seus filhos acordem sem lar...”. Um retrato da atual crise.
         Não é sem razão que o Brasil tem diversificado suas relações mundo afora, contrariando nossos para sempre colonizados oposicionistas. Não é sem razão que nossa pátria desponta com diretores de fundos internacionais preferindo “títulos do Brasil e moeda da China” (2), pela "expectativa de que vão sobrepujar as economias desenvolvidas em riqueza” e pela postura de "falcão" do Banco Central. Tampouco falta razão à London School of Economics em saudar a criação do G20, porque países como China, Índia e Brasil "agora formam uma parte imensamente importante da economia global" (3).



Sidnei Liberal
(*) Artigo original está em: theeconomiccollapseblog.com
(1) http://resistir.info/eua/divida_eua.html
(2) http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20603037&sid=aCOeVAK9L1EE
(3) http://www.chinadaily.com.cn/bizchina/2010-02/05/content_9437111.htm

Nenhum comentário: