PIIGS são as inicias de um conjunto de países que fazem parte da União Européia, considerados economicamente os mais problemáticos, Portugal, país que nunca saiu do atraso, mesmo tendo o que teve, está entre eles. A atual crise é o tipo de situação que vem acabando com as esperanças de milhares ou milhões de portugueses, e quem esta nessa nau portuguesa não exitará em fazer algo para abandonar a mesma. Aqui ainda é preciso termos em conta a tradição de emigração desse povo ibérico, que para o resto do mundo tornou-se, para bem ou para mal, uma desgraça. Ignorar esta crise e a situação naquele país no, contexto angolano, é querer tapar o Sol com a peneira, mesmo porque a aproximação cultural entre a nação lusitana e os angolanos tem produzido historicamente conseqüências fatais. A saber, os PIIGS são: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha.
É partindo dessa fatalidade e desgraça que políticas de emigração, seguindo a rigor procedimentos e interesses para o benefício dos angolanos, deveriam ser tomadas no país africano. Portugal tem o seu lixo e os seus problemas, que nós os angolanos, nesta fase da era do “eldorado” que nos tocou viver, não temos obrigação de compartir ou até dividir o que há de pior naquele país europeu: desemprego e muita mão de obra desqualificada em detrimento do bem estar social de milhões de angolanos.
Ou seja, mesmo não sendo o desejo da maioria absoluta dos angolanos, com a crise dos porcos, que é a expressão pejorativa e preconceituosa usada em inglês para qualificar e desqualificar aquele conjunto de países, com as inicias no início do texto, podemos esperar, sim, uma invasão portuguesa nas terras de Mandume, Ekukui e N’gola Kiluange.
A missão do Estado angolano, aqui, diga-se a verdade é uma missão simples, se reconhecermos que a corrupção a que o Estado angolano está exposto for bem combatida. Essa missão é simplesmente a de ter capacidade de filtrar essa emigração e saber tirar proveito dela. Tirar proveito dela é ir atrás dos melhores profissionais e quadros que aquele país pode nos oferecer com a emigração tumultuosa que agora existe lá.
Vamos partir do princípio que a nossa mão de obra barata e nativa é mais do que suficiente para reconstruirmos o país, o que precisamos é de extrema mão de obra qualificada e de preferência em lugares estratégicos da economia para poder dirigir e requalificar aquela em todos os aspectos. E evitar a entrada no país de pedreiros que chegam a ganhar mais que os engenheiros nativos, choferes, de seguranças, o que passa a ser algo irônico, num país com milhares de homens que andaram empunhado armas sofisticadas ao longo dos tempos de guerra. Lugares estratégicos da economia podem ser considerados a educação de nível superior, a saúde e outros setores onde se achar necessário e conveniente.
Com esse filtro de emigração, aqui mencionado, tentamos mandar um regado ao governo angolano, já que agora tem se posicionado, deliberadamente, como um governo impopular, reacionário e corrupto. Que a crise naquele país lusitano não pode servir de motivo para repovoarem de maneira saudosa o país dos Angolanos com o pretexto de se atrair profissionais para ajudarem a reconstruir o país. Se o problema é reconstruir o país temos que contar com os nossos profissionais e a nossa mão de obra nativa. Aqueles, os portugueses, podem participar, sim, desde que este filtro usado seja num interesse de suprir necessidades extremas e que exigem alta qualificação e que comprovadamente seja demonstrada e se conclua que fará diferença para a economia do país e do desenvolvimento social deste.
É preciso, também, evitar o regresso da ala fascista, neofacistas e racistas, herdeiros da era salazarista, que têm desembarcado de maneira sorridente e vitoriosa no Aeroporto 4 de Fevereiro.
Nelo de Carvalho
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sexta-feira, 30 de abril de 2010
Como Tirar Proveito de Uma Crise
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