“UNITA não precisa de re-fundação”? Quem é que disse ao senhor Isaías Samakuva que isso é um desejo, e ainda pessoal, de quem está em frente desse partido? A opinião que se tem dessa direção da UNITA, Samakuva, é de que ele era um terrorista diplomático e de boas intenções. Daqueles que só ajudava a dar a tolha a Jonas Savimbi no final de todos os momentos depois que o monstro habitualmente realizava suas atividades sanguinárias, que cobriam as mãos do mesmo de tanto sangue. Samakuva em todos os momentos ajudou Savimbi quando este precisava de um bom serviço de assepsia. O lugar bom de um mordomo como Samakuva não é no palanque ou na tribuna fazendo discursos, dando uma de intelectual teimoso.
Primeiro, como elemento, fora do xadrez político, o discurso de Samakuva não tem verbo, não tem ação, mesmo quando diz que vai continuar a ser UNITA. Ser não é fazer, mesmo porque o monstro já foi ceifado ao menos fisicamente. E com relação a fazer, a direção da UNITA deveria concluir que a obra a ser erguida despensa o monstro. É o monstro que deverá ser desfeito, aniquilado, enterrado e para isso contamos com o voto popular, com o desejo da nação. É esse desejo ou vontade que torna qualquer ser possível ou impossível, até os monstros na pele de sanguinários. É com essa vontade que se dará o ultimato a cada uma das excrescências que o mau odor ainda vindo de Mwangai produz.
E com relação a ter comida, casas e outras coisas, é verdade. A juventude não tem mesmo casa, comida emprego, água, luz e educação, mas isso não virá de Mwangai ou da Jamba. Muito menos virá de uma UNITA renascida –qual fênix, qual quê!? “A propósito, falando em comida e casa, onde estão os dez bilhões dos diamantes de sangue roubados e extraídos ao longo dos dez últimos anos de guerra, entre 1992 à 2002?”
A UNITA continuará sendo, pelos seus símbolos, um partido que gera o medo, mesmo quando estes já estão desarmados e longe de tudo aquilo que pode ser um artefato mortal para qualquer ser humano. Senhor Samakuva e o grupo de homens que rodeiam o mesmo não se convencem disso, porque beneficiaram-se da impunidade e de um perdão injusto. E não de uma suposta Reconciliação Nacional. Não se faz reconciliação nacional esquecendo-se e ocultando-se crimes, passando-se em cima da dignidade das pessoas. Ah... para quem enviou um lembrete a todos sobre o lamentável dia 27 de Maio deveria saber isso. Senhor Samakuva quando vamos julgar os infinitos crimes, imprescritíveis e inesquecíveis, que a UNITA cometeu, mesmo depois, em 1992, de terem sidos perdoados? Não acha acaso isso uma injustiça diante do povo angolano? Ou acaso o senhor sente-se um terrorista bonito e privilegiado a cima de todos?
Se é democracia que esta turma defende deveriam saber que nela existem leis e mais do que justo, numa democracia, criminosos, devem ser levados a justiça, julgados e condenados. Isso não é pedir muito, é pedir o necessário.
Necessário também seria extinguir os símbolos que representam esses mesmos criminosos: A organização assustadora chamada de UNITA, lideres terroristas não podem ir ao público fazerem discursos como profetas, a sua turma e o espírito que envolve os mesmos.
Que país é esse, que democracia é essa?
Nelo de Carvalho
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/
nelo6@msn.com
quinta-feira, 27 de maio de 2010
As Vontades de Um Terrorista
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