Que coisa é essa que cega as pessoas e não permite que a mesma enxerguem erros?
A probabilidade de qualquer evento, no Mundo Real, nunca é maior do que um, nem menor do que zero.
Se uma instituição como a CNE que mexe com a vida de milhões de Angolanos não entender que a diferença de 0,37 pode levar ao caos e ao questionamento, é porque a decadência, a fraude e a corrupção chegaram ao seu ponto mais alto. E não adianta confiar mais em ninguém.
A fraude não foi declarada por nós, ao contrário, foi exibida e posta a frente dos nossos narizes. Foi mostrada como se mostra o corpo nu de alguém apanhado em flagrante traindo o parceiro ou a parceira.
Como confiar em pessoas que dizem que a diferença de 0,37 não justifica a reclamação de quem detetou o erro.
O erro que não é erro, mas uma artimanha mal concebida que levou ao desmascaramento de quem cometeu o ato fraudulento, mostra a indecência, o abuso, e a segurança que têm essas pessoas de cometerem os crimes que cometeram: a fraude.
Mostra o quanto o outro lado que clama é indefeso, e vítima de abusos.
Nós estamos reclamando sim, em nome da dor de todos os angolanos, enganados e frustrados, em nome dos abusos que recaem sobre cada um de nós. Estamos reclamando contra um poder despótico que não reconhece limite nos seus abusos contra o cidadão.
A dor não é só a dor da fraude. É a dor de saber que a corrupção venceu. Ela está aí zombando de nós. Como um demônio violando o direito de todos nós: da mulher, da criança, do mendico, do velho e de quem resiste em perder a esperança.
Nelo de Carvalho
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
A FRAUDE
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