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Escrever o Nome Errado de Um Português, Gera Punição?

Viver sobre o estilo arrogante da cultura colonial portuguesa ainda pode ser normal para os milhares de angolanos que trabalham em empresas portuguesas, mesmo em Angola.


O Jornal de Angola uma propriedade de “não sei de quem” ajudou a pôr em prática aquele espírito que para muitos seria coisas do passado, que, talvez, só pudessem merecer análises de historiadores. O gesto de exoneração, talvez até demissão, protagonizado é o produto do poder discricionário que os 35 anos de independência outorgou àqueles que se julgam em definitivos e eternos donos do país. Em nenhuma parte deste mundo, real e humano, se demitem funcionários públicos por erros de rotinas profissionais, e muito menos por aquele do título.

Não se trata aqui de discutir se o Jornal de Angola como instituição tenha ou não direto de punir seus profissionais. Trata-se de entendermos quem de direito deve fazer ou estar em frente da mesma punição, dentro ou fora do mesmo Jornal. Aquele direito é coisa a parte, que na verdade nem existe, pela falsidade ideológica da nossa democracia. Este – o direito de quem está dentro ou fora do Jornal como chefe, o direito discricionário, arrogante e prepotente- é o que queremos discutir aqui. Também, não se trata aqui de particularizar, se desta vez, ao menos desta vez, quem demitiu tinha ou não razão para fazê-lo.

É este direito atrofiado, que com os novos ventos que impulsionam o veleiro timonado pela Ministra da Comunicação deveria ser empacotado, levado ao legislativo, ser estudado e analisado e, finalmente, sabatinado para ser votado naquela casa.

É tão ilegítimo o regime que sustenta uma democracia onde as instituições agem discricionariamente em nome de quem as dirigem, ou, ainda, em nome de quem dirige quem está a frente das mesmas: o chefe, o ministro, o patrão, ou até o compadre português, em Portugal, que mal entendeu que seu nome foi redigido erroneamente num Jornal da ex-província ultramarina.

Qualquer ato, exoneração ou demissão de algum funcionário da instituição aqui referenciada, e qualquer outra, por ter escrevido o nome errado de “Kavacú da Cirva” é um exagero sem tamanho, seja ele –este último- quem seja e de onde seja.

Só faltava essa, a alfabetização dos miseráveis de Angola passar pelo conhecimento estrito dos nomes portugueses. Estes que mal querem adotar a integração da nova ortografia, ainda, têm o direito de exigir, diante de alguns serviçais, que seus nomes sejam bem escritos.

Entendemos, que muitos destes serviçais, no afã de quererem se aparecer aos seus antigos patrões, até suas filhas doaram ou doam para que aqueles vêem nos nativos a fidelidade eterna, pós escravidão e pós colonial. Ou para que os supostos – assim eles acreditam- nativos induzam no subconsciente de seus ex-patrões a ideia de que os primeiros não são em nada iguais aos pobres nativos, ou aos “pretos de Angola”. Só os genros daquela turma de nativos, em nomes de seus herdeiros, podem exigir nomes bem escritos nos jornais públicos desse país. Esse não seria ainda o caso da maioria dos angolanos que ainda têm orgulho de serem nativos deste país. De “miseráveis”, mas é o nosso país!

O xingamento aqui vale para a nossa burguesia e toda caravana de estúpidos que vivem aplaudindo estes. E, ainda, para aqueles que não pensam nunca em despertar diante dos valores da democracia. Um deles é:

- A necessidade de tornar autônoma e autárquicas as instituições públicas, que nenhuma delas dependam do chefe do executivo e do governo que aí está em exercício, e outros que virão, com certeza. Esse é um dos valores que deveria ser incutido a todos aqueles que pertencem ao partido da situação. Mas a turma dos que fazem o coro da bajulação é diretamente proporcional ao número de elementos do partido que tudo controla;

Dar autonomia e tornar as instituições independentes é uma forma de distribuir e dissipar o poder, tão cobiçado por todos. E que por este motivo levou o país a cair numa guerra persistente de quase trinta anos. É uma maneira civilizada de lidar com os outros, principalmente quando esses outros podem ser seus compatriotas ou camaradas – o camarada aqui não é o que vive fazendo tráfico de influência, dando gasosas e distribuindo cargos públicos para agradar e corromper; o camarada é o que se posiciona com postura cívica diante das leis e das normas, é aquele que minimamente aprendeu a ser um verdadeiro cavalheiro.

Chegou à hora de alguém dizer ao chefe que a liberdade – a cidadania e a democracia, tão pronunciada por todos, mas usufruídas por meias dúzias de ex-guerrilheiros e comandantes - de cada um de nós os Angolanos passa pela capacidade de que cada uma das instituições, tendo em conta suas finalidades, regerem-se por leis próprias livres dos tentáculos de quem acha que deve ter poderes absoluto.

E esses são os versos que a Ministra de Comunicação deveria recitar nos ouvidos do chefe.

Nelo de Carvalho
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Nelo6@msn.com

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Apoiando e Disseminando Idéias

          Duas idéias e propostas interessantes lemos essa semana na imprensa angolana. A primeira, sobre um projeto do futuro Metro de Luanda, que, certamente, além de não passar de um projeto acadêmico, é uma simples  ambição vindo dessa área. A segunda, é sobre a reivindicação do arquipélago de Santa Helena, ou, simplesmente, a ilha de Santa Helena.

           A   esta não pode ser vista como um exagero, se tivermos em conta o lugar onde a mesma ilha se encontra, além disso, é interessante que se amadureça essa ideia. Assim, longe de ser uma paranóia ou uma suposta proposta megalomaníaca, precisamos rever até onde, de verdade, o nosso direito como nação e pais no continente e  no mundo deve alcançar. Se os ingleses ou os europeus ao longo de séculos foram tão ambiciosos ao ponto de estabelecerem regiões administrativas e colônias longe dos seus territórios, que influenciaram nos limites geográficos das nações que hoje conhecemos. Por que não revermos com justiça e dignidade essa ordem a favor de nossas nações que se tornaram independentes no século vinte daquelas potências. Em outras palavras, ao menos geograficamente, em termos de geografia física é preciso eliminar de uma vez para sempre as raízes do colonialismo. E sairmos, sim,  a reivindicar aquilo que está literalmente em nosso quintal, diga-se aqui, em nossas águas.

         Aquele político do Partido Democrático Angolano, Antônio Alberto Neto, tem razão quando propõe a reivindicação daquele pedaço de terra que se encontra no meio do Oceano Atlântico e nas águas angolanas, pelo estado e o governo de Angola. É preciso despertar esse executivo acomodado e da inércia dos seus atos numa direção que não vai além dos interesses do seu clã já satisfeito com a situação do país.

        Aquela posição geográfica, marítima, é um ponto estratégico, tanto econômico, e com certeza militar, que as futuras gerações de Angolanos poderiam se beneficiar delas, num futuro próximo ou distante. Não é exagero – repetimos- pensar na possível reconquista da mesma, fazendo-se o uso dos meios diplomáticos que a ordem das nações e o direito internacional permitem. E se não permitem, vamos propor, sim, essa ordem e esse direito. Ideia fantástica que merece ser abraçada.

       Falaremos agora da primeira ideia, inverteu-se a ordem de maneira proposital , porque acho os dois temas importantíssimos, que não necessariamente podem ou devem ocupar as supostas posições designadas.

       O Metro de Luanda é uma das idéias fantásticas que deve ser vista como algo por onde começará o nosso desenvolvimento ou pelo menos uma delas; ou em particular naquela região do país onde hoje já habitam quase ou mais de cinco milhões de habitantes. Eu diria, o Metro de Luanda é um projeto para ontem a ser executado hoje. Afinal, tivemos coragem de organizar o CAN, devíamos ter mais coragem e ousadia de erguer obras que definirão por longos anos o nosso desenvolvimento.

       O Metro de Luanda tem as seguintes vantagens, já sugeridas indiretamente pelo seu autor, Engenheiro Henrique Capeça –não queremos ser visto aqui como plagiador de propostas. Nossa intenção é o apóio as boas idéias e exercer pressão para que as mesmas idéias sejam abraçadas e amadureçam favorecendo a sua execução, em benefícios de todos.

      Como dizia, tem as seguintes vantagens:

           -Atrair tecnologia para desenvolver o país, provocando um aceleramento na formação de quadros     em qualidade e quantidade;

           -Tornar aquela região do país um pólo econômico importante para a região, onde o turismo poderá ser visto como uma das atividades econômicas a ser explorada, e outras por aí;

         -Atrair investimento estrangeiro;

        -Ajudará na formação, fortalecimento e construção de uma escola nacional de engenharia, que valorizará  os hábitos e os modos da cultura nacional na sua capacidade de criação, onde seus maiores protagonista com certeza estarão representados pelos melhores cérebros representantes desse povo e nação ( chega de estrangeiros  na execução e  representação das nossas próprias obras, queremos que sejam os próprios nativos, donos destas Terras, a fazê-los);

        - E, finalmente, como não podia deixar de ser, todo mundo vai se beneficiar com o projeto, até a região interiorana do país. Este projeto será uma espécie de comboio que puxará todos os outros vagões para se desenvolver outras regiões do país.

Acordem, Executivo!

Nelo de Carvalho
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Nelo6@msn.com

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As Seitas Religiosas, o Oportunismo dos Cristãos e da Igreja Católica

Os males da religião em Angola, agora, revelam-se como uma praga. O medo da disseminação das supostas religiões “estranhas” aos valores culturais do povo angolano têm assustado a sociedade civil e ao poder político nesse país. É bem feito! Chegou mesmo a hora de o “diabo” pedir contas a estupidez e a ignorância dos políticos nesse país e do cidadão ignorante que viu na proibição do Agostinho Neto e do MPLA comunista a proibição de todas as religiões como uma heresia. Essa proibição passava incluso pela peste do Cristianismo e do Catolicismo –que o colonialismo português nos impôs a força-, que com os supostos valores da democracia implantada em 1990 e com a caída do muro de Berlim regressou como um polvo que engole as suas vítimas na maior das ações covardes que se pode infringir a um povo ou uma nação de pessoas atrasadas e ignorantes.


Ignorantes e atrasados, também, são os políticos e os dirigentes desse país que andaram vendo de maneira parva e estúpida a caravana da ignorância desfilando entre nós e não souberam evitar tal fenômeno. Tem gente até que de comunista converteu-se em cristão e que ainda faz questão de beijar a mão do Papa, uma mão que simboliza o crime e as injustiça a que nós os africanos fomos e estamos submetido nestes quinhentos anos de invasão colonial, de expropriação da nossas almas, dos nossos valores , e como não podia deixar de ser -o mais importante-, de nossas riquezas também. Sem contar que é a mão que carrega todas as imundices da vergonha contemporânea. Afinal, o Vaticano e todos os seus funcionários disseminadores e difusores dos comandos da Opus Dei ainda não se livraram das acusações que recaem sobre as cabeças dos mesmos. Crimes milenários que persistiram no tempo, acusações contemporâneas!

A feitiçaria e a bruxaria que hoje preocupam as autoridades angolanas não vêm, só, das supostas seitas de origem africana. Também, vêm do Vaticano, e os seus mensageiros estão aí no país inteiro: Cardeais, Bispos, Padres; todos eles na suposta pele dos deuses. Mas que na verdade são uns verdadeiros mensageiros do diabo, que não têm porque serem diferenciados dos feiticeiros que proliferam nas aldeias das províncias do Uíge, Zaire, Malange, Huambo, Bié, etc e até na Cidade Capital desse país.

Quando se diz que existem religiões que atentam contra os valores culturais do Povo Angolano. A pergunta é: quais são essas religiões? Qualquer religião é um estorvo no desenvolvimento cultural e científico de qualquer povo ou nação. E de todas elas, em Angola, a mais prejudicial é, sem margens de dúvidas, o cristianismo. Assim, se o governo desse país e os “burros” que “lideram” ou puxam a caravana, a carroça, que tem o nome de estado angolano, quiserem combater as seitas religiosas devem começar proibindo o cristianismo e o catolicismo no país inteiro. Ou ao menos, redefinir por lei o papel de todas essas instituições do mal.

É falso e hipócrita, numa suposta democracia, mesmo essa nossa do faz de conta, criar leis para punir as ditas seitas religiosas em favor da religião do homem branco europeu. Em minha opinião, se é para proibir ou punir umas e outras não, é melhor deixar do jeito que está, e que o diabo cuide de tudo; cuide até dos famigerados cristãos, que têm pela mania de acreditar que são melhores ou estão acima de outras religiões. Que cuide de tudo e mande todos para o inferno!

Seitas religiosas são todas sem exceção. E malignas? Não existe procedimentos para diferenciar uma das outras, qual delas é a pior. Todas vêm da mesma caixa de maldade: a caixa de Pandora! Devemos combater todas elas sem exceção, ou então teremos que terminar como terminaram os Antigos Maias e sua Civilização, vitimas de suas próprias crenças e ignorâncias.

Nelo de Carvalho
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