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Dino Cassulo, mais Um que Não Engole os Malabarismos Investigativos de Rafael Marques

Como disse MAIAKOVSKI quem cala consente, quem consente não tem liberdade, quem não tem liberdade não é livre, quem não é livre não tem esperança, sem esperança não adianta viver.


Mas eu como sou livre, tenho esperança e gosto de viver. Por este valores inalienáveis dei a minha modéstia contribuição para a independência do meu país do jugo colonial, e dei a minha modéstia mas valiosa contribuição na luta contra o tribalismo, regionalismo, racismo e outras formas de dominação que nos quiseram impor alguns angolanos havidos de poder, e como também não aceito e nunca aceitarei e me baterei contra toda forma de usurpação dos bens e erários de todos nós.

Vamos aqui tentar analisar e dar aqui neste espaço a nossa modesta opinião sobre o famoso relatório apresentado ao público pelo renomado jornalista de investigação Rafael Marques.

Não é que tenhamos qualquer dúvida sobre o trabalhão aqui supostamente elaborado pelo ilustre jornalista de investigação, é que o relatório esta tão bem elaborado, que suscita alguma confusão a qualquer individuo que se julga honesto. Se não vejamos, quando alguém vai ao notário ou a conservatória para constituir empresa ou registar seja lá o que for, julgamos estar num local onde a preservação da nossa entidade esta acautelada por lei, e só ao agente da lei esta autorizada a revelação do conteúdo da minha ida a aquele local. Sendo assim como foi possível ao jornalista em causa ter aqueles dados. A quem diz que usou de meios baixos para obter tais informações de carácter reservado. O que quer dizer usou da corrupção para obtenção de dados. Corrompeu funcionários dos serviços notarias para atingir os seus intentos o que punível por lei, não assim.

Não sabemos quem esta por de traz de tamanha cabala se esse o termo correcto para ser aplicado aqui. Mas uma coisa é certa todos nós conhecemos a aversão do autor do relatório ao partido no puder e aos seu dirigentes, sabemos que o homem é capaz de mover mares e continentes para afastar o governo e quem esta a governar actualmente do governo.

Para se fazer qualquer tipo de investigação requer do autor horas a fio de trabalho e de estudos e que muitas das vezes para uma pequena coisa levamos anos de trabalho, sob pena de cairmos em erros que podem deturpar o rumo dos acontecimentos.

Em Angola, mormente em Luanda e principalmente, os intelectuais, jornalistas de todas as latitudes, deputados, políticos todos tiveram conhecimento do aludido relatório e tiveram a oportunidade de o ler, e o comentaram de certeza. Mas não ouvi e tão pouco vi na televisão e nos jornais alguma picuinha ou mesmo debate sobre o assunto, o Nelo de Carvalho, escreveu alguma coisa sobre o assunto e nada mais[Rafael Marques: e a Sua Missão Impossível; As Denuncias de Rafael Marques].

Mas como pretendemos ser um país de verdade onde o cidadão deve ser respeitado como tal onde as denuncia devem ser investigadas por quem o deve fazer, onde o ministério publico deve funcionar de facto, onde as instituições devem funcionar como um relógio Suíço.

Julgo que ninguém esta vendo, ou quer saber da gravidade das acusações constantes do relatório do investigador Rafael Marques. Mas também será que o Rafael Marques ao realizar tal trabalho jogou limpo? Segundo a constituição nacional angolana “toda a colaboração com serviços de inteligência estrangeira constituí crime contra a segurança do estado” será que não houve estrangeirismo na feitura do referido relatório? Por que a precisão dos dados e a forma e onde ele foi apresentado deixa muito a duvidar, e quais as estações internacionais que fizeram eco do assunto tudo isso coloca muitas reticências sobre o mesmo trabalho.

Sendo assim julgamos que o ministério publico nacional deveria, em primeiro plano averiguar a veracidade e quem esteve por detrás da feitoria do referido relatório para se limar as arestas, para também demonstrar a sua isenção nos vários casos que se tem verificado na nossa sociedade onde por vezes deixa muitas duvidas a sua actuação.

E depois de se averiguar a veracidade dos factos, aí sim os implicados nele, devem ser ouvido também por este ministério e serem responsabilizados pelos seus actos que sem sombra de dúvida constituem crime e de que dimensão. (Aqui faz-me lembrar que nos anos oitenta o famoso General Ndozi, terra que lhe seja leve, e outros camaradas da nomenclatura, haviam sido punidos, ainda que sem julgamento, por terem sido associados ao tráfego ilícito de diamantes. E na altura ninguém reparou nos feitos heróicos e de grande combatentes dos mesmos) pensamos que esta pratica, deveria fazer moça cá entre nós. Já viu que se o governo resolve recolher todo dinheiro ilícito que se encontra em mãos duvidosas e a deriva? Não estaríamos aqui a pedir esmola. Nós somos daqueles cidadãos que aceita o crescimento da burguesia nacional, mas com rigor e sem colocar a mão no erário de todos nós.

Insto aqui o Procurador-geral da República a fazer o seu trabalho e que seja neutro e pense somente no bem-estar das populações que ele quando envergou a farda nacional sob defender com esmero. Porque investigações mal intencionadas carregadas de veneno devem ser banidas para sempre que se faça trabalho limpo. Delapidação do erário deve ser sancionada, com manda a lei. As riquezas nacionais devem ser repartidas de igual para todos e não beneficiando somente alguns.

Dino Cassulo
Militante do MPLA

Fonte: Blog do Nelo de Carvalho                                                 

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Rafael Marques: e a sua missão impossível

Nessas três décadas de independência fez-se da covardia do cidadão a fronteira por onde a corrupção deveria traçar seus limites para poder institucionalizar-se e auto afirmar-se. Negar o papel de Rafael Marques na luta contra corrupção e para despertar as mentalidades temerosas nos seus direitos de fazerem valer a cidadania é, de maneira cínica, um outro ato de covardia e de deixa-andar. É permitir que governantes arrogantes ignorem que vivemos numa sociedade democrática e onde todos precisam prestar contas, permitir que estes com a cultura da impunidade evoquem suas vozes de “comando” –diante dos protestos da cidadania : “deixem que eles gritem, nós combatemos e temos todos os direitos”. É a voz de comando de quem faz dos Atos da Administração Pública atos de truculência que estariam muito bem numa frente de combate. O período anterior me faz recordar os meus anos de estudantes na Ilha da Juventude: românticos! Um romanticismo envolvido em tanta truculência e a falta de compreensão de quem deveria fazer desta última atitude o instrumento, o caminho necessário para se chegar a civilização.




Ignorar as acusações de Rafael, com provas ou sem provas, é, além de tudo – já querer fazer o inverso-, transformar a notícia em boato. O que é desonesto, antidemocrático e mostra além de tudo que estamos diante de um estado que não é sério. Desculpem-me, mas é a pura verdade! A missão de ir atrás das provas, para se evitar boatos é de quem recebeu a missão de organizar a sociedade: o Estado! E não consiste numa simples missão para salvar gente protegida na pele de lideres que não podem ser questionados. É para salvar inocentes, sim. Mas, também, para responsabilizar e punir criminosos e corruptos que só o Estado com a lei e os instrumentos de que o mesmo é dotado pode fazer.

Um Estado honesto –como qualquer outra entidade física ou natural- defende-se até dos boatos, das injurias, das calunias. Qualquer entidade injustiçada diante da justiça faz questão de usar esta última para lavar o que chamamos de honra e acima de tudo manter a ordem. Afinal, não é essa democracia a democracia do povo, não é o MPLA o partido do Povo, não são aqueles cargos – de Presidente da República, de Ministros e Generais- cargos e funções públicas que estão sendo vilipendiados e difamados. O silêncio desta turma  é  um consentimento dos mesmos de que a corrupção é uma prática inquestionável e que ela até outorgou a Constituição à nação. Assim, chegou à hora das acareações, pôr frente a frente, diante do reinado da lei e das normas, acusados e acusadores. Aqueles seriam covardes e rasteiros quando se agarram nos privilégios que têm como conseqüência dos cargos outorgados; estes seriam delinqüentes e aventureiros que não têm nada a perder, quando penduram-se nos simples atos de abusarem dos direitos e liberdades que se vive no atual ambiente político social. Tanto uma coisa como a outra, coíbe-se com o direito de se fazer justiça e a obsessão de se fazer cumprir a lei.

Não precisamos ignorar os boatos, quando soubemos que os mesmo põem em perigo a segurança do Estado e do resto das instituições, transformam aquele numa caixa preta e numa instituição viciada a burlar as regras da democracia. Uma delas –regras- é de que o direito de acusação e denuncia cabe a qualquer cidadão, e a comprovação dos fatos é de interesse, primeiro, do Estado, como instituição soberana e que tem poder para tal; segundo, de toda a sociedade interessada na prestação dos serviços. Ou seja, cada um de nós, quem quer que seja, como cidadão pode apresentar provas para fazer valer a lei e em benefício da ordem.

Se me entenderam, a Constituição deveria ser o instrumento legal dado à sociedade para resolver dilemas retratados nos parágrafos anteriores. Pelo visto, da maneira que se criou a mesma vai ser difícil acusar o seu “criador” de corrupto. A Constituição Angolana é uma muralha, uma proteção pretoriana do Estado para os governantes que aí estão diante dos cidadãos. Mesmo que estivéssemos num país com cultura de se cumprir as leis já seria impossível acusar seus criadores de corrupto. Imagina agora num país onde o Estado é sempre o primeiro e o último a violar as leis, incluindo aquilo que ele mesmo criou; imaginem num país onde as leis, só se cumprem quando a mesma é evocada de modo proibitivo para o resto da população ou para o individuo carente e órfão do poder. Em particular, para a militância mplista, aproveito este momento para manifestar minha própria auto-estima e falta de modesta por me manifestar, várias vezes, publicamente, contra ela: A Carta Magna.

Estamos todos de acordo que Rafael Marques, como investigador, tem as provas e pelo vistos elas são mais do que suficientes. Eu disse que: “estamos”. Mas por uma questão de respeito a opinião pública. Porque eu, pessoalmente, diante de tudo que tenho “conhecimento”, as supostas provas enunciadas pelo Rafael Marques no seu texto de 29 páginas, “A Presidência é O Epicentro da Corrupção”, não constituem provas para incriminar quem quer que seja. Mas vamos assumir que Rafael Marques tem as provas, já que pelo texto, e são vários texto, ele faz e tem feito acusações direta. Ou seja, Rafael Marques acusa: “o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, os altos oficiais da guarda presidencial, o general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, general Leopoldino Fragoso do Nascimento e o Presidente da Sonangol Manuel Vicente”, de corruptos.

Pelo que se pode constar existe uma acusação direta na impressa contra estas pessoas, uma acusação que deve ser entregue ao Procurador Geral da República. Ou melhor, este – ‘no seu eficiente e bom trabalho”- já deveria bater as portas da imprensa e mandar iniciar uma investigação...risos! Entenda-se, não contra a imprensa, mas contra acusados e acusadores. Por que quê Rafael Marques não formaliza essas acusações se ele tem as provas, e segundo o autor, as mesmas são incontestáveis. Rafael Marques como militante cívico já deveria ter feito isso a muito tempo, o primeiro passo já foi dado que é a denúncia na imprensa dos acusados, só falta o segundo.

A luta contra corrupção é a luta de milhões contra uma dúzia ou meia centena de corruptos. E contra essa meia dúzia ou centenas vamos combater. A vitória será sempre a de milhões, mas para isso precisamos ir além das simples denúncias do Rafael Marques. É uma missão de todos, e a turma dos reduzidos a minoria não podem vencer. E nunca vão vencer! Mesmo porque é impossível. Eles não têm o poder para isso. O poder é do Povo! Por incrível que pareça, para quem ao longo desses 30 anos habitou-se a fazer do mesmo seu instrumento para manipular e alcançar objetivos.

Tenham certeza todos nesse país, eles têm medo. Eles quem? Os corruptos!

Nelo de Carvalho
*Nota de Esclarecimento: Descobri que alguns aplicativos ou versões do Internet Explorer, por algum motivo, não conseguem abrir o meu blog. Aos amigos leitores que estiverem interessados em acessar o meu blog podem fazer usando o navegador Mozila ( Fire Fox). O mesmo pode ser resgatado na internet. É gratuito!
Por outro lado, na arte de escrever, alguns erros ou falhas de ortografias e gramática podem surgir. Antes quero pedir desculpas por todas estas falhas. Principalmente, aos professores de português, aos estudantes, alunos, enfim, aqueles que têm na Língua de Camões o instrumento necessário para se comunicarem com o resto do mundo, e entre nós os angolanos. Mas este autor deixa bem claro, só se responsabiliza pelos erros que aparecerem no seu blog original. Porque é lá onde o mesmo tem acesso direito e controle dos seus atos. Muito Obrigado!









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A Revista Cara

Brasil - A elegante Revista Cara deveria estampar em sua capa o elenco de autoridades que fazem parte das diferentes seitas que têm ajudado a institucionalizar a corrupção, como fez várias vezes elogiando os mesmos. E enaltecendo a posição que estes ocupam no governo, e o papel deles na sociedade.

Deveria também pôr a descoberto, dar as dicas e instruir o cidadão na forma mágica de como cada uma das seitas, chefes, comandantes e generais têm se enriquecido. Afinal, já não cola o discurso cínico e debochador de que quem se enriqueceu nesses últimos trinta e cincos anos conseguiu tal façanha só com o trabalho.

E se o trabalho consiste no assalto ao patrimônio público ou no apropriamento indevido do Tesouro Nacional, daquilo que é de todos, também, deveriam nos informar como fazer o mesmo sem corrermos o risco de ir pararmos na Viana ou em alguma das prisões que existem no país.

E tem mais, deveriam dar a fórmula exata de como transformar em princesa cada uma de nossas amigas, primas, irmãs e até nossas namoradas.

A mesma revista no meio de tanta miséria habituo-se a retratar o que há de mais bonito e luxuoso na sociedade angolana em nome de uns poucos. Aquele luxo e boniteza que na verdade deveria ser ostentado com humildade e por pessoas simples, que deveriam aprender a interpretar seu papel na sociedade como uma obra de todos; e se assim fosse, essa Revista jamais existiria como objeto necessário, ou de ostentação.

Para demonstrarmos aqui o caráter reacionário da mesma revista, temos certeza que ela jamais se pronunciará ou retratará a cara dos bonitões que andaram arrombando o BNA, entre eles o próprio Procurador Geral da República. Não temos porque nos surpreender com a posição deste no meio daquela quadrilha, já que quem dá proteção a ladrões, a corruptos e toda corja de malfeitores, assim também pode ser considerado. Sim ou não, Senhor Procurador Geral? Qual quer Manual básico de direito, escrito por qualquer imbecil, puniria qualquer um que desse cobertura a ladrões e corruptos, mesmo sendo em Angola.

- “Ah...estamos aqui para apoiar o gesto do Camarada Presidente, que há anos matém aquele quadro do MPLA, o PGR José Maria -denunciado pelo Semanário Angolense-, na mesma posição. Estamos aqui, ainda, para pedir desculpas por nossas suspeitas de improbidade contra este quando o mesmo mistura negócios pessoais com a função que o mesmo desempenha”.

Agora que criaram e inventaram o dia dos corruptos vai dar até para brindar por eles e estampar a Cara dos mesmos na Revista Cara. De um lado da Revista – ou da Capa daquela Revista-, o PGR, “O Homem que Salvou os Grandes Tubarões que Arrombaram o BNA”; e que vivem ocultos professando privilégios que nenhum dos cidadãos têm nesse país – ou só alguns poucos podem ter. Do outro lado, o seu eterno chefe – ou melhor- “nosso chefe”, “O Homem Nomeador de Todos e a Quem Todos Nós Devemos Favores Nesse País”.

Temos certeza que aquela revista na sua arte do elogio não deixará passar o dia 28 de Agosto. Já temos o dia do patriota, que se confunde com o dia do terrorista e do “feiticeiro”, com quem se confundirá o dia do corrupto?

Os angolanos e os filhos dessa pátria merecem um calendário moderno que venha espelhar de uma vez para sempre os motivos horripilantes de suas desgraças.

Nelo de Carvalho
nelo6@msn.com
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Uma Homenagem ao Deputado e Médico José Eduardo do Carmo Nelumba

Uma das provas de nossa miséria e falta de vergonha é de que nossos dirigentes, quando podem, a maioria deles - o que para muitos pode parecer um privilégio - por desgraça, sentem-se necessário, às vezes, de passarem seus últimos dias longe de amigos e parentes quando são acometido de alguma doença.

A atual miséria em Angola, com o seu sistema de saúde, igualmente, miserável e atrasado, tira dos pobres o direito de terem serviços de qualidades que esta área do estado deveria proporcionar a toda sociedade e que não consegue pelo vandalismo de governação e desrespeito ao país e a nação, que esses trinta anos de poder familiar e de camaradagem o partido no poder tem nos oferecido.

Assim, como tira daqueles, que melhores condições têm para se tratar fora do país, o direito natural de terem um fim feliz ao lado dos seus seres queridos, quando aqueles pacientes por fatalidade encontram-se no chamado estágio terminal de uma doença. Esse foi o caso do Deputado Nelumba, assim como de outros dirigentes políticos, que já passaram por isso. Aquele, em particular, viveu e morreu amando sua pátria; e como médico que foi numa Angola independente, com certeza, fez de tudo para melhorar a situação do setor em que o mesmo se dedicava. Pena que o mesmo setor mal oferecia condições para ele ter o fim natural que teve, que devia ser no país que o viu nascer e que ele tanto lutou para conquistar a independência e melhorar a vida de todos angolanos.





Não queremos de nenhuma maneira, com esse artigo, entristecer mais os amigos, pacientes e familiares de José Eduardo Nelumba; ao contrário, aproveitar esse momento de dor, primeiro, para manifestar nossas condolências e lamentos. E, segundo lugar, aproveitar o mesmo para chamar atenção ao Estado, o Governo e o Partido no poder, que esse momento poder ser aproveitado como momento de reflexão para se melhorar nosso sistema de saúde, que, com certeza, o Deputado despediu-se do mesmo com muita amargura, pensando nas deficiência e incapacidade que o mesmo apresenta para resolver os problemas de saúde de milhões de pessoas, e até daqueles –“uma meia dúzia” – que têm privilegio de se tratar fora.

Afinal,  sentimo-nos assustados e preocupados também, num país onde, até, a primeira dama precisa viajar ao Rio de Janeiro ou à Madrid para se tratar de pressão alta ou até mediar à pressão. Qual seria o fim de um Nelo de Carvalho com a sua anemia falciforme empacotada em todas as fibras do seu ser? Um mendigo como Nelo, seria mais um relegado à miséria dos nossos hospitais, que só estão preparados para receber mortos em estado de putrefação; na verdade de hospitais não têm nada, são uns verdadeiros necrotérios preparados e abandonados por este sistema de poder, simplesmente, para receberem almas e corpos vivos vindos do inferno –de um lugar que se acredita ser um país ou nação, governado e dirigido por este mesmo poder- e que passarão por aqueles estabelecimentos na condição de mortos, com a esperança, prometida não sei por quem, de que talvez ascenderão à um paraíso ou, talvez, descerão para o inferno.


Perdoe-me Dr. Nelumba, camarada Deputado Nelumba, por termos que usar este momento triste de nossas vidas para desabafar e acusar a má administração pública do nosso país de irresponsabilidades, mas o povo pelo qual você lutou tanto e tanto se dedicou e trabalhou, não está disposto a ver no seu esforço um esforço e dedicação que não merece ser recompensado.


Por isso, de qualquer forma, em qualquer lugar e com qualquer instrumento nos insurgiremos sempre contra aqueles que acreditam que tudo já fizeram com as suas “sagas revolucionarias” num passado.


E terminamos acreditando que a trajetória de vida, daquele médico e patriota, é uma inspiração para todos nós.

Nelo de Carvalho
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SamaKuva Persiste na Desgraça

Não existirá coexistência pacífica enquanto se continuar a cultuar a imagem de Jonas Savimbi e os símbolos de terror que representam as imagens da UNITA como partido político. Esses símbolos são as bandeira do Galo Negro e tudo aquilo que representa o passado Savimbista.

A ilusão de que o Partido UNITA ou o Galo Negro renascerá diante dos problemas de corrupção que o MPLA não conseguirá resolver é enganadora e além de tudo atrapalha o desenvolvimento da nossa jovem democracia. Atrapalha os verdadeiros líderes da oposição que gostariam de contribuir de maneira progressiva com o regime democrático. Atrapalha a tentativa, até agora infrutífera, dos angolanos de quererem estabelecer laços entre diferentes grupos políticos que até hoje na história de Angola comportaram-se como produtos imiscigenados. Se os lideres da UNITA, que têm ambições políticas, até hoje não se deram por conta disso, estamos aqui para alertar os mesmos. E fazemos isso, não em tom provocativo, mas em benefício dos gestos, de aflição, de todos aqueles que pretendem evacuar do poder o lixo da corrupção.

Samakuva e a UNITA tornaram-se o poço social, onde os restos desqualificados da política angolana devem ser reunidos, postos a parte e finalmente incinerados. A UNITA na sua incapacidade de auto-extinção tornou-se o túmulo social de tudo o que há de mais ruim, podre e decadente na sociedade angolana, ela já não serve de referência para ninguém e dificilmente sirva de orgulho para uma nova geração de enganados a militarem nesse partido –geralmente por suas convicções tribais e racistas. A UNITA é o fracasso de uma Organização que fez de si e transformou-se num monstro; deve ser difícil e horrível estar dentro da UNITA ( ser militante); e conflitivo e assustador, assim como patético e comovente ser um simples espectador ( fora dela).

Uma Organização como a UNITA o que precisa é de uma Reengenharia, procedimento que significa jogar tudo fora e começar tudo de novo, se quiserem ter um posicionamento melhor na sociedade Angolana. Com certeza isso eliminará outra grande falsa ilusão de que sua desgraça como partido político deve ser buscada no partido no poder, o MPLA. E assim justificar as atitudes que lhe dão características de políticos fantasmas e desesperados a altura de qualquer procedimento que tornem os mesmos cada vez mais diabólicos nesse grande circo da política angolana. E finalizando tudo sempre em perda e derrota. Um processo de realimentação de maldade, que para esta gente – a UNITA- tornou-se num vício.

A analise aqui é a visão cruel de quem perdeu a esperança de ser cidadão num país, terra e nação de conflitos eternos –uma guerra longa, que levou toda uma geração ou mais. Em política, mesmo desfrutando de um período de Paz, vivemos uma crise política eterna, que em latitudes e situações normais seriam a quantidade de pólvora suficiente para se pôr todos os poderes do Estado em cheque, que só se mantém, precisamente, porque existe um consenso comum salvador da pátria: “qualquer coisa no poder é melhor que uma UNITA Savimbista, tribalista, racista e terrorista”, além de ela despertar ódio de qualquer cidadão pelas suas ações.

SamaKuva não entende, porque é truculento, desajeitado e tem absoluta convicção que nasceu para representar o mal. Mesmo quando tem chance e oportunidade para mudar, prefere se ver no espelho e continuar acreditar que é um vampiro que continuará a assustar o partido no poder. O partido no poder, que agora tem o seu melhor momento: uma UNITA desarmada, que não dá mais medo nem as crianças; uma UNITA que pode gritar e não é ouvida por ninguém, porque seus antigos patrões e amigos tornaram-se surdos. Porque numa sociedade Capitalista não faz diferença quem governa, e além de tudo isso o MPLA tem conhecimento e sabedoria para representar os interesses capitalistas e burgueses, da jovem nação angolana, em todo mundo. Que diferença faz para um americano, um francês, ou mesmo um português burro, que o Capitalista seja do MPLA ou da UNITA? Se essa é uma pergunta que deve ser respondida a vantagem está para o MPLA, que está há trinta anos no poder e tem condições para ficar mais quarenta anos –Viva o MPLA! Quem é que vai querer estragar esse circo? Não será o SamaKuva nem a meia dúzias de Kwachas que continuam a inspira-se no Savimbismo para fazer política.

Assim, senhor Samakuva, chegou a hora de demonstrar o lado inteligente de sua massa encefálica. Não se trata aqui de compactuar com o MPLA, trata-se mesmo de darmos oportunidades aos novos eventos. Afaste sua ambição doentia e moribunda e dê direito de oportunidade a essa juventude de fazer política de verdade, para derrubarmos os corruptos que estão no poder. Será mais fácil sem a UNITA que só vive atrapalhando a todos.

O Senhor Samakuva sabia que a UNITA, agora, passou a ser a verdadeira arma do MPLA para se defender da corrupção? E temos que concordar com o povo e o cidadão: vale a pena um MPLA no poder suspeitosos de corrupção do que uma UNITA terrorista no poder querendo se vingar de 90% por cento da população, porque deixaram morrer Savimbi “mal e porcamente”, lá nas chanas do leste.

Vê se pensa nisso, pense no conselho de sua mulher, dos seus filhos e, melhor ainda, dos seus netos.

Nelo de Carvalho
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Savimbi Patriota?

Desta vez “até eu gostei”, o Jornal de Angola se saiu bem –com o seu diretor- tentou lavar a alma de todos os angolanos, diante da afronta e do descaramento de Isaias Samakuva, que achou que sua manifestação provocadora tem haver com o símbolo de Unidade Nacional. Enganam-se aqueles que pensam que a concórdia e o fortalecimento da paz tem a ver com qualquer permissão que vá além do bom senso, que atropelem os princípios, a dignidade de um povo, os valores culturais de uma nação e aquilo que se conquistou com muito sangue e suor: a independência de Angola e a derrota do regime do apartheid.


Sinceramente, a impressão é que todos nós, pessoas de bom senso, nos sentimos uns idiotas. Vivemos rodeados de tantas mentiras que corremos os riscos de nossos filhos serem obrigados a terem isso em seus livros escolares de ensino de nível básico ou fundamental. Que nação pode ser essa!? Que maneira embusteira de se desqualificar o ser humano –todos nós-, de identificar a esses com a mosca ou o inseto que não excita em nenhum instante de pousar sobre os seus próprios excrementos.



Se nossos netos e filhos tiverem que se submeterem a isso a representação –de nossa identidade- em estado lúcido e conclusivo para quaisquer outros indivíduos de nossa espécie, os estrangeiros, seria aquela. Seria igual a pôr os mesmos sentados por em cima dos excrementos produzidos, por nós mesmos, e não conseguimos afastar e evitar sua produção por motivos já conhecido. Será que somos um bando de moscas!? Que tipo de progenitores seremos se formos evitados a dar futuros melhores aos nossos descendentes, eliminando a excrescência mais obvia e repugnante que toda organização ou, simplesmente, organismo produz. Se tivermos em conta que uma nação, a Pátria, um país, pode ser considerado,também,como uma Organização.


O questionamento aqui é sério. E nos perguntamos: O que a UNITA deseja, além do poder? Ou será que em nome de se chegar ao poder tudo isso se justifica? Sejamos sinceros, a questão aqui não é saber até onde os herdeiros de Jonas Savimbi querem chegar. Isso todo mundo já sabe. Não vamos repetir. Ainda que essa última ação ou verbo, nessas circunstâncias, não pareça exagero nenhum, nem falta de imaginação. Ora, não se precisa de tanta imaginação para descobrir a capacidade de maldade que este partido provou executar ao longo dos anos. Trata-se de indagarmos, qual será, hoje, o papel do MPLA? Ou melhor, até onde o MPLA tem poder e deveria travar a sede de malícia da UNITA como partido e dos dirigentes do Galo Negro?

Afinal, o MPLA não tem a maioria no parlamento; não promulgou uma constituição usando toda a sua força representativa no parlamento – e diz-se às vezes, em benefício de um só homem? Os deputados do MPLA, acaso, carecem de imaginação para elaborarem leis que ajudem a coibir o afrontamento da saga aventureira e maléfica dos homens do Galo Negro? Se aquela Constituição que – em determinadas circunstâncias- representa os interesses mesquinhos emergidos na surdina e no mau aproveitamento dado por um poder legítimo e soberano foi aprovada. Por que quê normas infraconstitucionais não podem ser aprovadas no mesmo parlamento para se proibir a ousadia, o vandalismo terroristas dos homens do Galo Negro; que afrontam a dignidade humana e de toda uma nação? Ou será que o “poder” Savimbista é muito mais temeroso, assustador, horripilante que faz com que a dignidade dos homens seja pisoteada?

Se é assim, mais uma vez, existe justificação para essa gente nunca chegar ao topo do poder. Mais um motivo para que milhões de pessoas raciocinem em nome de um futuro melhor que desejamos dar aos nossos filhos. Mais uma vez, tem-se inúmeros motivos para não se esquecer nunca dos crimes que Jonas Savimbi e os seus homens protagonizaram por todo o país.

Por questões prática – e cívica- a melhor maneira de se afastar tudo o que é sujo e imundo, tudo que pode atrapalhar nossas vidas, é fazer das urnas um lugar limpo, onde só as pessoas civilizadas, educadas poderão ser referenciadas.

Precisamos, sim, ser civilizados, formarmos o novo homem africano civilizado, os novos profissionais do futuro, técnicos, engenheiros, executivos, diplomatas; mas tudo isso só valerá a pena se nosso passado for bem julgado e bem resgatado. Resgatado, sim, mas desde que não seja com lixo e excrescência produzida por muito dos indivíduos que mancharam esse passado.

Sou e somos a favor da democracia pluripartidária, sim, sem dúvidas. Mas num ambiente em que todos os partidos políticos e líderes afastem seus instintos naturais e selvagens e ajudem os cidadãos a livrarem se do mal que enferma a democracia angolana e atrapalha a mesma. Sou de opinião que a verdadeira democracia em Angola só será possível quando enterrarmos definitivamente os fantasmas de Jonas Savimbi.

Nunca um morto deu tanto trabalho aos vivos.

Nelo de Carvalho
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As Denúncias do Rafael Marques

Como cidadão e sujeito consumidor de informação quero expressar minha admiração pelo esforço que esse profissional vem desempenhando diante do seu trabalho.


A teoria de Administração sobre desempenho nos alerta que qualquer progresso numa organização ou o progresso individual de seus recursos humanos tem, por definição, características e natureza três atribuições principais. E que são elas usadas como parâmetros pelos consumidores para chegarem à conclusão de que aquele serviço prestado é satisfatório e valem o preço de mercado que têm. Essas atribuições são, nada mais e nada menos, a eficiência, a efetividade e a eficácia do produto a ser consumido. Ou a maneira como se procede para se chegar a produzir e alcançar os objetivos[1].

Será que os produtos que Rafael Marques tem nos vendido têm estas atribuições e valem mesmo algum preço no mercado?

A novidade, no mercado, de um procedimento de trabalho ou um produto exposto diante de clientes, num mundo moderno e numa democracia como a nossa, onde consumir produtos modernos – e isso vale para a informação- é , muita das vezes, tido como uma regra ou mania para nos sentirmos que estamos à altura de tudo. Mesmo quando esse produto às vezes não tem a utilidade merecida. Em marketing, diz-se que até utilidades podem ser criadas, inventadas! Quando o objetivo é vender.

Como já disse, admiro o esforço do profissional Rafael Marques. Mas uma coisa é o esforço que desempenhamos em buscar resultados e outro são os resultados buscados. A saga e a oferta que Rafael Marques tem nos trazido tornou-se um produto repetitivo. Produtos repetitivos no mundo jornalístico constituem um desastre e qualquer estudante de jornalismo sabe disso. Que não constitui a mesma coisa vender todos os dias bananas na praça dos congoleses e escrever todos os dia a mesma coisa no mesmo jornal, ou até mesmo em jornais diferentes.

Vamos falar primeiro da redundância, das supostas notícias e novidades que esse nosso “grande jornalista tem nos trazido”. Ainda assim, precisamos reconhecer que ele é o melhor na sua área de investigação, ao menos num país como Angola.

A redundância daquilo que nos trás Rafael Marques começa pelos típicos argumentos que todo mundo no candongueiro, no ponto de ônibus ou na praça usa como sofisma, ou ainda boatos, para dizer que o governo que está aí é um governo de corruptos.

Para não dizerem que nossa intenção é de querermos desmanchar ( ou destronar) aquilo que o nosso colega tem “descoberto” vamos ao que ele mesmo escreveu em seu site, WWW.makaangola.com, no último “trabalho” publicado e que caiu como “uma bomba” no club-k. Vejamos um exemplo: Vamos pôr de lado a parte Introdutória do Trabalho, já que considerei a parte que menos novidade tem e trás. Ou nenhuma novidade! Mesmo porque, por característica, geralmente, a parte introdutória só ajuda a nos posicionar no tempo, no espaço e de maneira circunstancial ajuda a entender de que problema se trata, considerando a priori que o leitor já tem algum conhecimento sobre os fatos que serão narrados. E é o que acontece até no título da introdução “Presidente da República o Epicentro da Corrupção em Angola”[2]. Falar de Angola, sofismaticamente, já é falar de um país com problemas de corrupção. Para os Angolanos – o leitor- em geral isso já não constitui novidade que possivelmente levará a premiação. A propósito do título é mais um boato ou a típica acusação que nunca ninguém provou nada. Ou seja, é coisa que todos já ouvimos de todos por aí reclamando de quem está no poder. Reclamação muitas vezes fomentada pela raiva, pelo ódio, pela luta do poder, por motivos tribais, étnicos, enfim de tudo o que existe por aí. E até mesmo, como não podia deixar de ser, por motivos de corrupção.

Que fique bem claro, não estamos aqui negando que a corrupção não existe ao mais alto nível do Estado. Eu mesmo já entrei várias vezes no club-k e critiquei. Mas uma coisa é criticar e outra é acusar. Pelo seu -do autor- tipo de jornalismo que é investigativo, entendemos que nesse tipo de jornalismo existe a intenção de criminalizar os denunciados. Assim, as mesmas denuncias deveriam trazer argumentos já minimamente conclusivos e com provas evidentes, denuncias até de terceiros, documentações que provem o que se diz e o que se está retratando, testemunhas, dados a serem comprovados por alguma ou outras instituições direta ou indiretamente. Vivo no Brasil há quase 20 anos e sei que é assim, e as coisas aqui funcionam assim para qualquer denuncia jornalística ou em outras áreas. Nosso propósito aqui é saber qual a novidade do texto e o que o mesmo autor tem a nos dizer.

Sinceramente, por fontes indiretas e informais, fiquei sabendo dois dias antes que o texto seria publicado no sítio eletrônico do mesmo autor e no club-k. E esperei ansiosamente por uma novidade, coisa que não encontrei nas 29 páginas mencionadas. Além disso, quais 29 páginas? Onde deve terminar e começar um parágrafo? Sei que nosso jornalista tem a resposta afiada na língua. Mas, então qual é o espaço que se deve deixar entre os parágrafos para assim se considerar razoavelmente o início e o fim de uma página com um número determinado de palavras.

A outra questão são os dados da distribuição acionista das empresas. A princípio esse é o tipo de informação que podemos encontrar em qualquer Estatuto Social das Empresas que por regras, normas e civismo as empresas ou sócios, muitas vezes, podem ser obrigados a publicar. E distribuição acionária em sociedades anônimas ou até em empresas privadas, a simples distribuição, não é crime. A novidade seria saber como elas foram adquiridas. Não existe nada no texto das 29 páginas que indicam que houve alguma novidade a ser denunciada, o que existe, sim, são suspeitas em formas de teoremas, lemas, e axiomas sem nenhum tipo de provas. Na verdade, o texto todo é narrado baseado em teorias e princípios conspiratórios, por exemplo; “de que quem está no poder pode ser um corrupto e desviador de verbas públicas”. Para mim esse exemplo usado poderia ser tido como o princípio da desconfiança, num país onde os gestores públicos não têm hábitos de prestar contas, ou em qualquer um, principalmente, na América do Norte, França, Suíça, Japão, etc, etc ... A diferença é que lá as denuncias são eficientes, efetivas e eficazes, e depois disso os acusados são levados a justiça. Mas aquele princípio não precisa ser verdadeiro em todas as circunstâncias. Assim, o nosso mestre da denuncia cria em cima desses princípios teorias conspiratórias para satisfazer as mentes que vêem no regime ou no poder estabelecido o objeto a ser desmascarado e justificar a luta dos grupos oposicionistas contra o Estado e o Governo. E até justificar o ódio, a raiva que grupos reacionários mais extremistas têm contra o partido no poder.

Assim, não fica difícil desmascarar aqui, e como sempre, de que as denuncias contra a corrupção no país têm caráter político, estão quase sempre longe da missão cívica de cidadania. E estão, com certeza, perto da incessante luta do poder que caracteriza o oportunismo político das mentes burguesas que espelham as correntes políticas da direita e da extrema direita, financiada geralmente pelo exterior e pelos partidos da oposição que se retratam nas mesmas correntes políticas. E nisso não excitam em fomentar todo tipo de intriga e maldade: desde o racismo, passando pelo tribalismo, a xenofobia misturada com o subdesenvolvimento africano e até, se necessário, a apologia da desunião entre angolanos, promovendo assim uma possível divisão do país.

Por isso, acreditamos que o trabalho de Rafael Marques está longe de ser eficiente. Porque seus patrocinadores devem gastar uma imensidão de recursos para um retorno de pouca monta e valia; longe de ser efetivo, porque não produz o impacto desejado, já produziu, mas ficou por aí mesmo; e o pior, é muito pouco eficaz, os objetivos alcançados são minguados[1].



Referências Bibliográficas:
[1]Idalberto Chiavenato, Administração Geral e Pública
[2]Rafael Marques, “Presidente da República o Epicentro da Corrupção em Angola”
WWW.makaangola.com

Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/

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A Opção Reversível

A Democracia, mesmo quando ruim, torna o nosso mundo espiritual, optativo, uma esfera ilimitada. Não foi há muito tempo que tive a coragem de entrar aqui e dizer a todos que JES, José Eduardo dos Santos, já não era o meu candidato. Não mudei, continuo afirmando o mesmo. Com esse estado de espírito vivo torcendo pelo partido que tanto fez pela nação angolana, que o mesmo nas próximas eleições tenha à altura um candidato, que também seja o candidato dos nossos sonhos. Assim como é o partido no poder, o MPLA.


Mas para os adversários políticos que acham que somos bitolados nas nossas crenças e opções, devemos dizer que vivo torcendo não só pelos camaradas, mas, também, por uma oposição saudável. Principalmente, no que diz respeito a uma liderança que esteja à altura das ambições dos eleitores. É desta última liderança que queremos nos manifestar. E que precisamente têm decepcionado mais do que aquele que se mantém no poder há trinta anos.

Como tudo nessa vida, é do mal e do pior que um país precisa ser defendido, ser defendido dos vícios, da corrupção e dos ismos oportunistas . É ainda sobre este último fenômeno que nossa reflexão recai.

O Savimbismo e o direito à gritaria – porque vivemos numa democracia- têm prestado grandes serviços ao desacato às leis nesse país. O Exemplo está que quando se tenta pôr ordem em algum processo de relacionamento entre o Estado e o Cidadão, ou o acatamento das leis, aquelas duas turmas nas peles que lhes caracterizam e demonstram sua identidade adotam de maneira embusteira a defesa dos direitos humanos. É preciso não nos enganarmos e iludirmos com essa gente.

Fazer cumprir a lei, aprovada pelo consenso da maioria, numa democracia onde todos os grupos da oposição participam, não pode ser usado contra quem de direto tem obrigação de fazer cumprir as mesmas: o Estado eleito democraticamente.

Não é o que temos visto nessa casa chamada de Angola, onde na verdade a ditadura vem daqueles que usam os direitos da democracia para se excederem em suas reivindicações. Se tivermos tempo de parar e observar vamos notar que a ditadura tão rejeitada pela oposição e as organizações cíveis não vem, necessariamente, do poder soberano e institucionalizado, mas daqueles, que convencidos que aquele poder tem obrigação de respeitar as leis, usam isso para pôr em prática seus métodos extremistas, radicais e ditatoriais. O retrato é que nossa oposição tem dificuldades de lidar com a lei, tornando a mesma desordeira e caótica. Assim, não se pode jamais acreditar nessa gente que fazem da lei um instrumento para conquistarem direitos absurdos, que não existem.

Por exemplo, o direito de se protestar pondo em perigo a segurança do Estado, da nação e da Unidade Nacional, em Cabinda ou em qualquer lugar desse país; o direito de se fazer ocupações ilegais e desordenadas, quando se sabe que existe uma lei de ordenamento urbano e moradia; confundir, por exemplo, a liberdade de imprensa com o denuncismo barato e propagantisco.

Uma oposição que faz da sua luta pela conquista ao poder um estado permanente de guerra contra aqueles que foram eleitos democraticamente poder ser qualquer coisa menos oposição.

Esse estado de guerra, ainda quando de menor escala, reflete-se em todos os chamados protestos organizados pelas ONG, quando já não é tradicionalmente a UNITA e outros partidos, fazendo o uso dos seus direitos, são as ONGs “defensoras dos direitos humanos”. O Estado de guerra é tal que qualquer manifestação ou reclamação vinda desses três grupos, mesmo em condição de minoria é alardeado como um grito ( ou gritos) contra a suposta opressão do regime. Este, para os oposicionistas, deveria ser derrubado até no grito se for necessário. Ao menos na imprensa privada eles saem retratados como os donos da situação, a desproporcionalidade de que qualquer coisa é melhor do que manter um país como Angola Unido e Governado pelo MPLA fica refletido no vandalismo e na contra reação que caracteriza esses grupos.

Os argumentos aqui estão retratado naquilo que tem acontecido no dia a dia. Quando – e outro exemplo segue- a FLEC fez o seu serviço terrorista, matando pessoas inocentes, não se viu até hoje oposição nenhuma, bem organizada, nas ruas, reclamando pelo ato bárbaro. Para não dizer que uns fizeram a festa e brindaram pelo sucesso. Nem os ditos líderes da oposição foram cavalheiros e humanos em condenar de maneira retumbante tais atitudes. Mais uma vez o repudio e a condenação sobrou de maneira solitária para o MPLA, mais uma vez o MPLA viu-se sozinho a defender a Unidade Nacional. A propósito, foi esse partido o único, que em Cabinda organizou a única manifestação.

Nem a UNITA, nem as ONGs “das vidas”, nem a oposição instigada pelo espírito golpista e oportunista do Nito Alves apareceram para repudiar. O pior ainda é que agora, aqueles terroristas: Padre Raul Taty, o jurista Francisco Luemba, o economista Belchior Lanso Taty, o engenheiro Bernarde Paca, e talvez outros por aí, são tratados pela imprensa da oposição angolana como defensores dos direitos humanos. Isso não é uma decepção. Isto é uma provocação ao nosso direito de construirmos uma identidade Nacional.

Sim, uma identidade junto ao MPLA e ao sonho de Agostinho Neto, de que Angola é de Cabinda ao Cunene!

Eu vou, sim, continuar a criticar José Eduardo dos Santos pelos seus erros de administração governamental, vou criticar a corrupção, vou me opor a todos os vícios de governança gerados nesses trinta anos de poder. Mas não sou maluco nem idiota, o suficiente, para vender o meu país àquele grupo de pessoas do parágrafo anterior ao ” Sim” que nem amor pela mãe deles têm!

Eu tenho perfeita consciência de que lado estou!

Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot/

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JURA, A HERANÇA DE UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA

Depois da segunda guerra mundial, Alemanha e os países vencedores daquela guerra fizeram questão de abolir as raízes do fascismo hitleriano que vitimou mais de 60 milhões de pessoas em todo mundo. E isso é o normal em toda guerra, enterrar a maldade e evitar que ela seja pretexto e motivação das mentes diabólicas não conformadas com a derrota.
Todas as guerras, o início, o meio, o curso e o final da mesma têm gerado inúmeras lições a todos os seus participantes. A guerra de Angola não devia ser diferente.

Nossa guerra terminou de tal forma em que não existe arrependimento dos criminosos e da turma dos malfeitores. Estes ainda, como se não bastasse, continuam a sentir-se no direito de vingar-se de um suposto herói e da derrota que sofreram ao longo dos anos. E a opinião pública nacional induzidos por um ideal pacifista de que “quando um não quer dois não brigam” existe a sensação de que o Estado e a nação inteira devem permitir a persistência de certas atitudes, idéias e procedimentos, no espaço e no tempo, das eternas provocações dos homens do Galo Negro. Penalizando ainda mais a vida dos angolanos por longos anos. É como se todos nós fossemos obrigado aceitar desta organização terrorista seus caprichos maquiavélicos.
A denúncia do Jornal de Angola, no que diz respeito ao sonho vampiresco da organização Junior de Jonas Savimbi, deveria ser levado a sério pelo executivo angolano. Para assim num futuro, “não sei quando”, evitarmos aquele desastre -ainda que seja em outro nível dimensional- que tivemos de suportar em 1992 e que levou dez anos para ser extinto. O que na verdade aconteceu pela força do tempo, mais isso, do que uma grande estratégia dos homens que hoje continuam no poder. Sem querermos aqui desmerecer o esforço, o sacrifício e a saga militar de todos aqueles que ajudaram a enterrar o Savimbismo em pessoa ou em carne e osso.

Não podemos ver, assim, na denúncia daquele jornal, na preocupação de José Ribeiro e de seus colegas um exagero da profissão que os mesmos desempenham. É preciso, sim, darmos consideração a tais alertas. Ainda que para isso, o objetivo, seja de simples precaução. E com certeza é isso que o Jornal de Angola pretende.

No que diz respeito à herança pós-guerra, a JURA e a UNITA são as piores delas, por isso nós aqui preferimos “prestar ouvidos e fazer ecos” as denúncias. Que as mesmas sirvam de barômetros ao aviso de uma possível tempestade que possa cair a qualquer momento sobre nós, ainda que a mesma tempestade venha só em forma de conflito político. E não que isso seja uma espécie de fobia e paranóia de quem que por circunstâncias da guerra habituou a ver aquele bando de terroristas gentes da pior espécie pondo em perigo a vida de milhões de angolanos. Mas na sua historia, a UNITA e os homens de Jonas Savimbi já provaram inúmeras vezes a todos os angolanos que qualquer boato no presente será notícia a ser confirmada num futuro próximo ou, ainda, que boatos podem ser transformados em espinhas encravadas na garganta de toda nação angolana.

Em 1991 a 1992, no período pré-eleitoral a situação era a mesma. Ninguém fazia questão de acreditar nos boatos, porque todos pensávamos que os tempos tiveram mudados e que estávamos todos cansados de fazer a guerra. Todos menos Savimbi e os seus homens. A confiança na suposta Paz era tanta que se acreditou até na movimentação pacifista de Jonas Savimbi, há quem deu crédito demasiado ao velho terrorista, que estando em Luanda, desde o Miramar, montou sua residência presidencial, dava ordens a todos, abafando os suspiros pacíficos do nosso querido Zezinho. Nesta altura, talvez, devido àquela mesma confiança, Savimbi deu-se o luxo de sair da Cidade de Luanda de baixo dos narizes de todo mundo para depois burlar e ainda zombar dos serviços secretos e militares do governo que estavam encarregados de vigiarem sua misteriosa movimentação.

Foi uma encenação pitoresca do homem do galo negro e daquele kwacha arrogante, uma atitude que depois passou a ser venerado por um outro kwacha não menos terrorista e famoso diante da televisão e dos meios de comunicação, o homem que declarou a somalização do país. Na verdade, a atitude, numa maneira de deboche e zombaria, foi enaltecida pelos interlocutores que estavam em Luanda. Estes como o velho no Huambo gabavam-se pela estratégia de fuga montada e a incapacidade do governo de não ter controle da saída ou movimentação de um personagem como aquele.
Eu prefiro acreditar nas acusações do Jornal de Angola e nas suspeitas desse mesmo jornal de que a sede de sangue Savimbista está sendo transmitida debaixo do olhar pacifista de todos os angolanos a essa seita juvenil chamada de JURA. Que de revolucionária não tem nada e de juventude só tem o sonho vampiresco de continuar a eternizar seus sonhos maléficos herdados e inspirados naqueles generais que não excitaram em seguir Jonas Savimbi para protagonizarem a guerra dos últimos dez anos.

A JURA e a própria UNITA são dois casos de extinção que os eleitores deverão protagonizar nas próximas eleições. Um chamado, aqui, fica para toda a nação e os eleitores desse país: Vamos fazer aquilo que os militares não puderam fazer; extinguir nas Urnas a essas duas organizações ou, pelo menos, reduzir ainda mais, ou a metade, do que hoje existe aí como representação Savimbista.

Savimbi morreu e não precisamos dele para nada!

Nelo de Carvalho
http://www.nelodecarvalho.blogspot.com/
nelo6@msn.com