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Khadafi será julgado pelo Tribunal Penal Internacional

Agência Brasil 28 de fevereiro de 2011 às 9:06h

Por Renata Giraldi

Brasília – O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, será julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda. A pedido do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), ele será julgado por crimes contra a humanidade e de guerra e acusações de violações aos direitos humanos. Paralelamente, representantes dos Estados Unidos e de vários países europeus se reúnem hoje (28), em Genebra (Suíça) para examinar a adoção de mais sanções à Líbia.

As informações são do Departamento de Estado norte-americano e também das Nações Unidas. Há denúncias de que pessoas foram enterradas vivas na Líbia, durante os protestos, e bombardeios atingiram as cidades de Trípoli, capital líbia, e Benghazi.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que os integrantes do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas vão analisar nesta segunda-feira alternativas para ampliar as sanções à Líbia. Hillary negou as acusações de que os Estados Unidos estimulam as manifestações que ocorrem não só na Líbia, mas em outros países muçulmanos.

“Essa mudança que está varrendo toda a região é proveniente de dentro das sociedades, não está vindo de fora. Mas cada país é diferente e cada um deve lidar com as exigências de seu próprio povo e buscar caminhos que conduzam à mudança”, disse a secretária de Estado.

No último sábado (26), o Conselho de Segurança determinou que as autoridades líbias cooperem com o TPI nas suas investigações sobre a crise que atinge a Líbia desde 15 de fevereiro. Porém, o país não é signatário do Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional. Na resolução, o órgão condenou o que ocorre na Líbia. “É um ataque generalizado e sistemático em curso na Líbia contra a população civil que pode constituir crimes contra a humanidade.”

Efetivamente, o tribunal passou a atuar em 1996. O órgão foi criado com o objetivo de julgar indivíduos e não os Estados – o que é uma tarefa do Tribunal Internacional de Justiça. São levadas ao Tribunal Penal Internacional as denúncias como de genocídios, crimes de guerra e contra a humanidade.

Já foram indiciados 78 suspeitos, dos quais a maioria é sérvia, croata e árabe. Foram condenados o croata-bósnio Drazen Erdemovic e o sérvio-bósnio Dusan Tadic, além do do líder nacionalista sérvio-bósnio Radovan Karadzic.
Agência Brasil

Uma resposta para “Khadafi será julgado pelo Tribunal Penal Internacional”

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Reni disse:
28 de fevereiro de 2011 às 9:37

Estanho este Tribunal Internacional que só põe no Banco dos Réus os inimigos dos estadunidenses? E quem promoveu o genocidio no Iraque nos anos 90 e agor^? E destruiu uma cultura de mais de 6 mil anos? Estes não se submetem a tribunais mundiais? Por que? Eu so queria que alguém me explicasse. Vocês podem fazê-lo, por gentileza?

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Viva o 7 de Março!

Sai!..Sai!...Sai!.. Sai..! Sai, Zé “Kitumba”!Chegou a sua hora de mudar de residência, José! Agora é a vez do Povo!

Nossa manifestação é pacífica, a favor da vida, do bem estar para todos. É uma manifestação contra a corrupção e os corruptos que estão no governo. E não importa o seu resultado, o importante é o Espírito de Liberdade. Somos ou não um Povo Livre!? Podemos ou não nos manifestar na Nossa Terra e na hora que quisermos!?



Se combatemos todos os lacaios do Imperialismo no passado e traidores, também, podemos combater os corruptos. Não é porque eles militam dentro do MPLA, que os mesmos sejam diferentes dos outros. E eles estão bem identificados. Por isso, vai um aviso:

-O dia 7 de Março será um dia Pacífico, talvez o mais pacífico que Angola já teve. Assim, não adianta intimidarem as pessoas. A manifestação para esse dia não será organizada por nenhum partido, ou o governo corrupto que aí está. É o próprio povo, o cidadão que vai se organizar!;

-Os símbolos a serem usados, serão os símbolos da Pátria, patrimônio e propriedade deste mesmo Povo. Quais? A nossa Bandeira, que é só nossa e não de ninguém mais; o nosso Herói Nacional ( Agostinho Neto) que não se confundem com esses corruptos que aí estão;

-A manifestação pode não levar a nada, mas é um aviso aos corruptos do MPLA e ao senhor José, que tarde ou cedo chegará o dia de prestarem contas à nação. Coisa que nunca fizeram durante toda a governação ou o tempo que estão no poder;

-A manifestação não tem porque gerar violência, ao contrário, o Corpo de Polícia, o Estado, e quem tem o direito e o dever de fazer deverão dar proteção aos manifestantes, ao povo e à nação inteira;


E tem mais, essa, talvez, seja à hora de todos aqueles que têm alguma dívida para com a Pátria se redimirem. Em cada geração, a historia, sempre, nos dá certas oportunidades, é só sabermos aproveitá-las!

Nelo de Carvalho
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Os Corruptos Têm Medo da Conscientização do Povo Contra a Corrupção

É uma estupidez associar a uma manifestação à Guerra. Quem disse ao MPLA ou a UNITA que os manifestante querem guerra? Dá para notar que vivemos numa cultura do medo. Somos intimidados, todos os dias, por aqueles que estão no poder, de que qualquer contestamento ou resistência leva a guerra. Não podemos nos movimentar, nesse regime, e sempre aparece alguém prepotente e arrogante a nos apontar uma arma.



Os militantes do MPLA têm obrigação e dever de somar-se às manifestações. As manifestações são contra o Governo corrupto de José Eduardo dos Santos. Não são manifestações contra o MPLA ou contra os símbolos da Nação. São manifestações contra o Presidente da República. A manifestação é contra o Golpe Constitucional que José Eduardo dos Santos deu contra o Povo e a Nação, tirando o direito destes de escolherem diretamente o Presidente da República. A manifestação é contra o tráfico de influência que assola toda administração pública, que tem como fonte o Gabinete do Presidente da República e o próprio Presidente da República e todos aqueles de quem ele está rodeado. A manifestação é contra os Ministros corruptos, os funcionários incompetentes do governo e do estado, que fazem da máquina Estatal uma instituição para defender seus interesses privados.

A manifestação é contra as injustiças sociais e todos os vícios que a burguesia angolana tem incutido a uma maioria dos Angolanos. Esses vícios são todos aqueles que vocês conhecem: a poligamia, o racismo, o tribalismo, o tráfico de influência, os serviços mal prestado pelo Estado à Sociedade, a falsidade ideológicas, as mentiras e as promessas nunca cumpridas.


Todos nós nesse país, Angola, estamos à espera que alguém seja punido pelo programa que se optou em chamar pelo próprio Presidente, de “Tolerância Zero”. Quantos foram processados e denunciados por esse programa, mesmo depois dos escândalos do BNA, das quantidades imensas na apropriação indevida pelo antigo ex-ministro da fazenda? –aquele que dizem que até ganhou premio como o melhor Ministro da Fazenda de África –chama-se José Pedro de Morais Jr. A cúpula do MPLA e o próprio Presidente sabem que ele é um ladrão, mas ele não foi nem se quer molestado. Agora temos o caso do Quim Ribeiro e até do atual e empossado Governador de Luanda, em que está envolvido o assassinato da amante deste ( o Governador).

Temos os problemas da TPA 2, das personalidades que de um dia para outro emergiram no parlamento sem históricos pessoais de um passado que lhes permitisse chegar onde chegaram. Tudo porque são filhos e parentes de dirigentes que estão no poder –cunhados, irmãos, esposas, etc. Os casos dos proprietários das empresas de telecomunicação, fábricas de cimentos, a apropriação das minas de diamante nas Lundas, por estas ou aquelas pessoas, mas tudo porque têm laço de parentesco com quem está no poder. Ou seja, a falta de Licitação e de Contratos que espelhem a transparência do poder público na hora de transferirem certos empreendimentos ( públicos), entre eles os recursos naturais e setores estratégicos da economia, à iniciativa privada. Estes procedimentos são quase sempre fraudulentos, feitos na “calada da noite”, cheios de segredos e sigilos, quando deviam ser públicos, abertos a toda sociedade civil e ao público.



E o racismo e o tribalismo!? Não adianta dizer que é só a oposição que promove esses ismos. É a burguesia que hoje tem poder e está bem articulada no seio do partido do poder que fomenta de maneira deliberada e com desprezo esse tipo de práticas. A própria corrupção é uma prática burguesa; os privilégios excessivos, a gastança, o inexplicável enriquecimento de algumas famílias ou grupos, pelas suas origens; são as provas do racismo e do tribalismo protagonizado pelo poder corrupto, encabeçado e dirigido por José Eduardo dos Santos.

O MPLA não é José Eduardo dos Santos, e este muito menos o MPLA. Precisamos combater o culto de personalidade, e a falsidade ideológica: de que só aquele individuo é capaz e tem feito coisas para o país.


Por outro lado, Eu li um artigo, no Club-k.net, de um tal Yannic Matos, mas me impressionou o lado preguiçoso e o inconformismo reacionário desse sujeito. Ele deve ser o típico angolano, rodeado de várias mulheres, 3; 4; 5 e 6, senão mais, e com uma porrada de filhos, todos eles abandonados por um pai bêbado e mulherengo. A esse sujeito, pedimos uma coisa, senão pode e não quer fazer nada pelos seus filhos e as mulheres que tem, não impeça que os outros façam para ele mesmo, o que ele deveria fazer para os seus filhos queridos e seres.


E aos “militantes” do MPLA enviamos uma mensagem. O MPLA não é um partido de burgueses conformistas ( ele até pode estar possuído por estes), mas é por necessidade histórica e política, o melhor que esse país e nação tem: as quitandeiras, as quinguilas, os camponeses, aqueles e aquelas mulheres que viajam no comboio de Launda à Malange, todos os dias ( para fazerem seus negócios ou visitarem os seus familiares), o MPLA é o partido dos contratados, dos bailundos nas roças de café, dos Kwanhamas, do bakongo ou kicongo, do tchokuê. Enfim, o MPLA é o partido de todos os angolanos e ninguém tem obrigação de escutar esses politiqueiros da JMPLA recebendo ordens de um corrupto.

Por isso, nós convidamos à todos os Angolanos, se puderem e quando poderem, a se manifestarem, não só no dia 7 de Março, mas em qualquer dia, a partir desse dia: a manifestarem o seu desejo de cidadão ou o sonho de viverem numa Angola onde não haja proibição na hora e no momento de se questionar aquilo que o Estado tem feito e deve fazer para a Sociedade.



Que dêem o seu grito de Liberdade, pelo direito de manifestarem-se e gritarem, qualquer som vindo no fundo de vossos espíritos. Como, por exemplo:

-Abaixo o Corrupto, José Eduardo dos Santos!

Nelo de Carvalho
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Dino Matross Ajuda a Enterrar o Regime Corrupto de JES

É uma pena que nos inúmeros artigos escritos em respostas as ameaças de Dino Matross, a maioria deles, sugerem que o nosso “comandante”, general e ex-guerrilheiro é um burro! E, ainda, que o critério para se chegar ao poder, nesse atual regime, é aquilo que sempre se suspeitou: a competência e o mérito dos quadros sempre esteve em dúvidas e dentro do MPLA isso nunca foi “problemas”. O importante nesse partido era a fidelidade canina que caracterizam os servos bajuladores que se apresentam como defensores da paz. O importante mesmo era a ignorância de quem defendesse quem, desde que aquele se mantém fiel a este ( sempre um chefe a ser venerado e com todas as qualidades do além). Mas esquecessem que a paz é mantida respeitando a dignidade e o sentimento dos adversários. Em política, mesmo nas matas, sempre foi assim. E se não era deveria ser!

A paz se mantém, também, respeitando a dor dos homens, de todos, de um povo e de toda uma nação. Essa dor, nesse momento, é a comoção intestinal (e) social que a corrupção provoca aos Angolanos. Sim ou não, “Senhor General”!?



Não existe essa de um partido serrar fileiras envolta de um homem, isso é coisa da época de Lenin ou em Cuba de Fidel Castro. Coisa que nem mais naquele lugar ou neste existem. Uma instituição democrática, partido político, empresa pública ou privada, enfim, pessoa jurídica de direito público ou privada, têm que serrar fileiras envolta de princípios, envolta das leis e das normas. Um partido político, como o MPLA, seus militantes, têm que se aglomerar envolta do bom senso e dos princípios democráticos que ajudarão o país a ser mais justo com todos os seus cidadãos; que é o que verdadeiramente manterá a paz e a estabilidade.

O MPLA existe para democratizar a nação angolana, as instituições do estado e educar o povo a se defender dos oportunistas, entre eles os corruptos, e não para dar proteção a um homem.

O MPLA tem dois tipos de defensores: aqueles que acham que seus destinos dependem do poder do Camarada Presidente;e aqueles que conseguem enxergar a tarefa incompleta e ineficiente da trajetória desse partido. Os primeiros não perdem oportunidades de estarem encontato com imprensa –entre eles secretários e adjuntos de todas as áreas para todos os fins. Deveriam ter mais responsabilidades ao usarem esse partido ou a força que tem o mesmo. Evitando defender seus interesses pessoas fingindo uma suposta fidelidade a custa de qualquer coisa. A “fidelidade”, levantando o retrato do chefe, é um fenômeno que cabe às organizações fechadas e mafiosas, governadas como seitas com estilos medievais, que tentam atrair seus membros fazendo-se o uso da chantagem espiritual ou econômica, em que os mesmos podem estar envolvidos como conseqüência de seus interesses mesquinhos, duvidosos, sempre a desejar, longe de tudo que é social e digno. Qual fidelidade é a sua, Camarada Dino Matross? Na do MPLA, para manter verdadeiramente a paz, ou a de manter laços promiscuo e individualistas!?


O MPLA não é um patrimônio pessoal de generais e comandantes corruptos, não importa o que eles andaram fazendo no passado, mesmo porque ninguém trava guerras e batalhas sozinho. A legitimidade de uma conquista e vitória vem do povo, de milhões de cidadão que têm a visão aguçada ou não para corroborar as conquistas alcançadas e iniciadas por um grupo de homens. A conquista e a declaração da independência só é legitima, gloriosa e heróica se todo povo e toda nação apoiar. Assim, a obra do MPLA não pode ser reduzida a obra de uma minoria de oportunistas, que fizeram da falsidade ideológica o uniforme, a vestimenta, com que se apresentavam diante desse povo, que tanto dizem defender ou defendiam.

O MPLA é patrimônio de toda a Nação, de Cabinda ao Cunene. Até daqueles, que por qualquer razão, não militam no mesmo.

O pragmatismo que se exige nesse momento é que os verdadeiros militantes desse partido, mais uma vez, estejam ao lado do povo, contra todos os corruptos, incluindo o seu atual presidente: o homem que se deixou consumir pelos vícios e a corrupção.

Nesse momento serrar fileiras envolta de JES, é serrar fileiras envolta da corrupção, é dar proteção ao mal que assola o nosso país. Serrar fileira com JES é levarmos novamente o país a guerra, a guerra que tanto custou a milhões de Angolanos. Precisamos dizer ao Senhor José que acabou o seu mandato. E quem tiver coragem de dizer isso, não estará na pele do Eu ou Nós, será a voz da historia, que é a única que tem autonomia e autoridade para cilindrar fatos e eventos que vão contra ela.


Não adianta apavorarem a nação com uma suposta guerra em iminência. Quem existe e é iminente em cada um dos momentos de nossas vidas é a corrupção. É ela, que além da miséria provocada em tempos de paz, provoca indiscutivelmente a guerra. A guerra também é provocada pelo inconformismo de milhões de pessoas ao verem que uma minoria de pessoas, representantes de determinadas famílias, se enriquecem sem esforço exigido comumente a cada um de nós, simples mortais.

O trafico de influência, a falta de transparência, as leis e normas violadas e nunca compridas, são os esqueletos da corrupção. E é contra isso que todos devemos combater.

É contra isso, que o Parlamento composto “só” de militantes do MPLA, deviam combater. Conclamando o povo, aos angolanos e à nação a unirem-se contra o Corrupto Mor!

Nelo de Carvalho
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O Que Há em Comum Entre Países Árabes e Angola

Não há nada a ser confundido, camarada Dino Matross, os “oportunistas” que estão a frente das supostas manifestações em Angola ou que alardeiam uma revolução, estão atrás de algo que, em comum, existe entre o Mundo Árabe e Angola. Ou ao menos, tentam se aproveitar desse fenômeno que existe entre essas duas regiões.

Por que, além da guerra no passado, não reconhecer que a corrupção também é um outro fator que pode provocar instabilidade e até mesmo levar o país a guerra?




Por que esse escudo de proteção ao MPLA quando se trata de falar de corrupção? Por que essa guarnição pretoriana, esse cinismo, a favor de quem está no poder quando se trata de desmascarar a ineficiência e a incompetência de quem dirige o país? Por que essa impotência Estatal e Governamental de encarar os fatos como deveria ser: o reconhecimento de que a corrupção existe e que é ela que poderá nos levar novamente a “guerra”. E de que a guerra no passado não pode ser usada como motivo a se dar margem a que o fenômeno corrupção seja ofuscado diante da visão das novas gerações e de toda a Nação. O MPLA e Angola não são só compostos de pessoas velhas e temerosas, principalmente, pela minoria corrupta e bajuladora que legitimam o poder corrupto do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos. Sim, isso mesmo. Camarada! Para que todos vão se habituando à ideia de que ele é, sim, um corrupto. E ninguém tem que ser torturado e perseguido por isso. Nosso desejo pela transparência dos Atos do Poder Público é maior que qualquer cargo. E se necessário pode valer uma Revolução!

Apelação emocional e patética, vindo do partido dos camaradas não oculta o fato de que ele ( JES) tem na testa, estampada, o carimbo do homem mais corrupto da nação, não protege ele de um fim que tarde ou cedo será a realidade de um país como Angola: de que os corruptos sejam julgados. Aqui implica tudo, o mau uso dos recursos públicos, desvio de finalidade das verbas públicas, o trafico de influência. E ainda, pôr a nação à beira de um perigo desnecessário. O perigo? A própria guerra de que só os outros são acusados de provocar! Não é a sociedade civil que está pondo o país à beira da guerra, é o próprio Estado e este governo, com a sua Governança, que produz ceticismo e desconfiança.


Não adianta usar aquele argumento ( o da guerra) e fazer uso do medo para ocultarmos a corrupção diante da nova geração de angolanos.

De que a oposição que temos não presta, é incompetente e oportunista, isso já sabemos. Mas se o MPLA quiser continuar no poder de maneira gloriosa, precisa se auto flagelar, precisa parar de dormir sossegado e achar que os problemas vão se resolver por si só, ou resolver-se com estradas e pontes mal construídas e superfaturadas, com ruas mal canalizadas ( sem esgotos e canalização fluvial), com bairros onde nunca chega a água e a luz. Ou ainda, com o desprezo, que já é uma tradição, à Sociedade Civil. O MPLA precisa saber combater o tráfico de influência sem aquele que está hoje na direção desse partido, porque é de lá onde pode se extrair o que há de pior sobre essa prática. É, ou não é? Ou será que devemos contar com o Jornal de Angola, e o procurador João Maria, para que nos apresentem as provas? Vai ser difícil acreditar que a turma de corrompidos e bajuladores terão alguma iniciativa para combater o mal do Estado Angolano: a Corrupção!

Vamos ver se quando o Primo Kadafi lá encima cair algum politólogo de esquerda vai dar uma boa justificação. Se existir explicação será pelo fenômeno em comum que existe entre Angola e aquele país; a corrupção e o desrespeito à liberdade do próximo por pensar diferente a nós. E olha que aqui no Sul e na região negra somos tidos como os melhores do mundo em vícios e bandidagens. Não se entende que num país, que noutro hora foi tido como exemplo do continente, a Líbia do respeitado Muammar Kadafi, o Coronel dos Coronéis”, tido como um país “livre”, possam existir mais de duzentos mortos só pelo fato, de pessoas livres, se manifestarem contra o regime. Que regime é esse que mata mais de duzentas pessoas numa manifestação pacifica? Pelo que conhecemos, temos certeza que a obsessão do MPLA em manter o poder não chega até aí: ver as ruas de alguma cidade no país ensangüentadas. Por isso, parem de invocar o discurso da morte! Não precisamos de espancamentos, precisamos de bom senso e escutar todas as partes. É preciso não esquecer que o país é de todos, mesmo quando só uns têm o poder.

O Kadafi não vai resistir no poder e olha que o regime dele é mais heróico e transparente que do MPLA. Essas horas ele já deve estar renunciando, e esperamos que o nosso “herói” não seja um covarde, como os outros que fazem as malas e saem correndo para gastarem aquilo que tanto desviaram ao longo dos seus mandatos, terminando em algum paraíso desses que só o mundo ocidental sabe oferecer aos prostitutos e aos corruptos.


E tem mais, não precisamos exagerar, direito de manifestação não leva à guerra em nenhuma parte do Mundo. Além disso, se a Constituição não dá só proteção ao nosso chefe vitalício e foi bem escrita em nome do Povo, então deve existir um direito de manifestação, que dê oportunidade a que as pessoas se manifestem. Por que tanta inquietação? Por que tanto medo às manifestações? Não foi acaso, há uns tempos atrás, alguns dirigentes desse mesmo partido ( o MPLA), que presentearam ao nosso Corrupto Mor uma manifestação de apoio, por algo que ele nunca pois na prática e até mesmo esqueceu nos seus sucessivos discursos. Alguém saiu por aí ameaçando os manifestantes ou alardeando uma suposta volta à guerra!? Liberdade, também, é a liberdade de se manifestar e de questionarmos tudo o que existe por aí. Principalmente o podre: a corrupção, a omissão, o silêncio que nos engana a todos transformando cada um de nós em cúmplice. Já não queremos mais ser cúmplice de um corrupto há trinta anos no poder.

Nós somos a favor de todas as formas de manifestações, desde que elas sejam pacíficas e que não estejam associadas ao Partido UNITA, estes últimos são os símbolos da guerra e do terror, que o poder usa para desqualificar a quem se opõe àquele corrupto. Por isso, desde aqui dissemos: Viva o MPLA, sim! Mas abaixo os corruptos! Abaixo os bajuladores de todas as formas e níveis! E nesse momento, e mais do que nunca, dissemos também: Angolanos de todos os “Partidos” e Correntes Políticas, Uni-vos Contra a Corrupção! E que levantem -e bem alto- a Bandeira de Angola ( e que façam do Agostinho Neto, entre os heróis desse país, o verdadeiro símbolo contra a corrupção). É imperioso que as Bandeiras a serem usadas sejam as bandeiras de Angola. Para que a manifestação não tenha caráter partidário e seja descaracterizada como uma manifestação de delinqüentes e terroristas Kwachas. E o Viva MPLA é algo que fica reservado a esse texto. Não adianta nesse momento pensarem que a Bandeira de Angola se parece a do MPLA. Se existir uma união entre os manifestantes este questionamento deve ficar ultrapassado e resolvido. É pela bandeira de Angola que devemos existir e quem sabe morrer! O resto é lixo que deverá ser lançado ao esgoto.

O maior erro da oposição angolana é afastar as conquistas do povo angolano, alcançadas até agora, como uma coisa alienígena dos seus objetivos. Enquanto isso for assim, os corruptos do MPLA, ou que se encontram nesse partido, serão invencíveis. Eles, os corruptos, vivem da marca desse partido histórico. Chegou à hora da oposição angolana deixar de ser inimigo do próprio povo que eles dizem querer salvar da corrupção. Se quiserem conquistar o povo e a nação, têm que conquistar seus símbolos e as suas conquistas.

Qualquer governo democrático pode ser contestado a qualquer tempo e momento, não está escrito em nenhum lugar que ganhar as eleições com 80% é sinônimo de governar de maneira absoluta. A governança de quem está no poder não é absoluta, está muito longe disso, pode-se dizer mesmo que é péssima, e assim pode ser e tem acontecido com a sua governabilidade.

Nelo de Carvalho
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Um Chamado Falso Para Uma Revolução


O infantilismo de cibernautas e alguns articulistas do club-k ao proclamarem a chegada de uma revolução para derrotar o “regime do MPLA ou de JES” chega a ser a presunção patética do ignorante que adotou a ideologia de direta para manifestar o ódio, que a burguesia mesmo no lado direito do monarca, numa posição mais intelectualizada, não o faz ou não se manifesta por uma questão de cultura e etiqueta. Etiqueta são os bons modos com que alguém deve se apresentar diante dos outros, usando os valores culturais que uma determinada sociedade e cultura nos incutiram. Ali, o monarca, não tem nada a ver com a zombeteria habitual, no sentido figurado, que de vez enquanto tem se feito com o nosso príncipe mor atualmente no poder. É uma alusão histórica sobre a Revolução Francesa ou ao Rei Francês, Luís XVI.
Lamento em dizer que a oposição angolana não tem cultura, nem etiqueta e está atrasada no tempo. Atrasada no tempo porque consegue confundir-se, e até às vezes alistar-se, a um grupo de ex-terroristas que até hoje não se arrependeram do que fizeram no passado. Esse alistamento queima qualquer iniciativa presunçosa tida como o início de uma suposta revolução. Até a diáspora com suas mensagens empurradas ao club-k é vítima dessa ignorância.

Uma oposição decadente como a nossa tida como um monstro onde várias cabeças se proliferam e renascem, e onde –um dos partidos- desperta o interesse ou chama atenção, não pela “força” que tem, mais pelo seu aspecto inerte. A UNITA é um monstro atravessado por uma adaga que dá medo pelo seu aspecto ou grau de fealdade ( vítima e objeto); um monstro derrubado. A UNITA é verdadeiramente um monstro de aspecto sobre natural, e o que nos dá medo é a sua sobre natureza, mesmo sendo um objeto morto. A UNITA como partido político é tão feia que jamais promoveria revolução alguma. A UNITA, de Samakuva e seus dirigentes, não têm estilo, não têm carisma para promover uma revolução de “formigas”, quanto mais de um povo de verdade, feito de carne e isso.
A suposta revolução esperada pela oposição angolana, entre eles a diáspora, mesmo nunca se concretizando, não passa de uma revolução dos bichos. Onde a essência seria substituir um bando de corruptos há trinta e cinco anos no poder por outra turma de oportunista de vampiros, que nesse preciso instante do regime do MPLA, aquela, o vampirismo, encontra-se hibernadondo.

Uma revolução, idêntica, protagonizada pelos descendentes das civilizações faraônicas, ou qualquer uma daquelas do leste europeu, transformadas em retrocessos históricos, não passa de uma revolução de bichos oportunistas, de animais sedentos de sangue. Peço desculpas ao povo Egípcio, estes talvez mereçam mais, que os hippies sem rumos do leste europeu, enganados pela Perestróica.

Angola não precisa de uma revolução. Angola o que precisa é de uma reengenharia estatal, que fortaleça as instituições e ajude a expulsar os corruptos do poder. E tem mais, uma reengenharia que ajude a valorizar e a posicionar o papel da oposição na sociedade angolana. E que a acabe com a polarização política entre o MPLA e o fantasma da UNITA. Aquele usando este partido para se legitimizar no poder, usando o savimbismo e o kwacharismo como causa da desgraça em que se encontram os angolanos. E têm toda razão!
Não precisamos de uma revolução, mesmo por que ela seria falsa, já que esta não teria princípios nem ideologias para se sustentar. Qualquer suposta revolução angolana nos levaria novamente a falsidade ideológica dos últimos trinta e cinco anos: em que todos eram comunista e no fundo se revelou que ninguém era. Os antigos comunistas no poder são os que hoje, além de roubar, defendem a propriedade privada como um modo de relação econômica superior a propriedade pública. A falsidade ideológica do passado está retratada hoje na corrupção, no cinismo e no silêncio de um estado que optou em defender o seu chefe mor tido como representante ou líder clarividente e inquestionável de todos os angolanos e acima de tudo que respira dentro dessa nação. Para derrubar este tipo de aberração não precisamos de uma revolução. Seria gastar energias de mais para pouca coisa. O sujeito, para ser derrubado, não precisa o esforço de uma revolução. Ele não vale tanto assim, e não é tão perigoso assim! E com tanto poder. Ele não vale nada, política nem historicamente falando. A corrupção tem neutralizado a sua função política e o papel na historia em que um dia o mesmo se posicionará. Só se for como corrupto! Mais do que isso não vai ser. Querer fazer uma revolução para neutralizarem tal sujeito é o mesmo que querer matar um mosquito com fogo de canhão ou morteiro.


A revolução angolana já foi feita em 1975 ( aquilo sim era uma Revolução de Verdade!) e triunfou. Agora só precisamos de um processo radical para saber administrar o que ela deve nos proporcionar. Para pormos a mesma nos carris correto.

Além disso, eu prefiro o discurso fidelista que diz: “Revolução se faz todos os dias, mantendo-la, lutando pela educação e a transformação do homem”. No nosso caso, nossa educação, é educar as pessoas para lidarem com a democracia e lutar por seus objetivos prioritários, como estes que vem na Constituição do Distrito Federal, entidade pertencente à Federação Brasileira e onde se encontra a Capital do Brasil, Brasília:

I - garantir os direito humanos assegurados na Constituição e na Declaração Universal dos diretos Humanos;
II – assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III- preservar os interesses gerais e coletivos;
IV- promover o bem de todos; etc, etc.

A impossibilidade de se cumprir normas como estas não está numa suposta falta de vontade política daqueles que estão no poder ou do partido político no poder. Mas na incapacidade desse de reconhecer que a corrupção existe e ela deve ser atacada. Atacada de tal forma que o papel de cada um dos militantes dentro do Estado deve ser parametrizado por regras e normas bem especificada, desmistificando a suposta importância que uns têm mais do que os outros. Acabando com uma suposta ideologização na administração pública. Estado é Estado, partido político é partido político. Mesmo dentro do partido, o MPLA, pelo que eu tenho entendido, vendo os estatutos desse partido, depois da caída no Muro de Berlim, prefere não se identificar com nenhuma ideologia.

Eu tenho a certeza que o MPLA não é menos democrático que aqueles que estão na oposição e vice-versa, o MPLA pode ser e é o mais corruptos que estes, só porque estes ainda não chegaram ao poder. Assim, essa ambição dos políticos de quererem se dar bem com a coisa pública combatem-se com leis e normas que devem ser cumpridas por todos e não com revoluções promiscuías: Sonho irreal de um savimbismo, além de morto, decadente, tribal e primitivo. Só o africano burro e de mentalidade tribal pode enxergar revoluções onde não existem. É uma santa ignorância acreditar que uma UNITA tem condições de promover revolução alguma e agitar as massas.

A UNITA e seus admiradores estrábicos não são nem se quer os excrementos de uma revolução de bananas, quanto mais a própria revolução.

Uma revolução também se faz com protagonismo cultural e isso não existe por aí.

Pasme a falta de cultura dessa gente! Aonde vocês estudaram, no Minho, no Porto, em Coimbra?


Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com



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Onde estão os corruptos?

Um Governador de Luanda, recém empossado, político de grande influência no poder, tem a sua amante assassinada – uma das amantes! É um perfeito enredo para se criar uma novela policial, de crime, sexo e corrupção. E também é uma prova para se chegar a conclusão que a corrupção existe. Tão oculta e omitida por aqueles que mais têm a perder nesse país: o poder corrupto de José Eduardo dos Santos, e toda quadrilha de bandidos e larápios que rodeiam o chefe mor.

A pergunta é: será que esse ex-combatente está acima de todos e não pode ser acusado de corrupto porque andou combatendo no CIR ou lá nas matas do Maiombe? Será por que este foi treinado e modelado por Agostinho Neto ganhou direitos absolutos diante da nação inteira e que ninguém pode questionar o mesmo: sua capacidade, competência e até motivações políticas para continuar no poder? Já não se trata aqui de acusar o mesmo de corrupto. Mas de sabermos como esse tem lidado ou poderá lidar com este fenômeno. Se está mesmo preparado ou até se não tem o rabo amarrado a toda sujeira que lhe rodeia. É preciso não esquecer que nosso “Capitão Mor” é o chefe de um clã – pai de vários filhos, tio de vários sobrinhos ou parente de tantos parentes- que se deram no direito de estender seus tentáculos ambiciosos em todos os ramos da economia angolana. E fazem do tráfico de influência a escada precisa para se subir nos Céus. Os Céus, o paraíso, para essa gente é simplesmente terem o controle de tudo e terem a oportunidade de zombarem de uma nação inteira que até hoje viveu na sombra do engano e da falsidade ideológica. O passado não vale nada para essa gente, que aprenderam, sem peso de consciência, a burlarem do mesmo. Isto está refletido na emersão auto promovida sobre os escombros de uma sociedade sofrida e, hoje, assustada de boca aberta, diante de um suposto êxito daquele clã. Que fazem do estilo de vida que levam a mensagem de uma ideologia irritante, reacionária, desumana que a burguesia pode se dar o luxo – no pódio, depois desses trinta e cinco anos- de esfregar em nossas caras. E ainda dizerem ( essa é a verdadeira mensagem de sempre) que nós os milhões de angolanos devemos ser como eles, ou seguir o exemplo deles, é só “trabalharmos como eles têm trabalhado”.
Só faltou perguntar aquele clã, quanto dos nossos pais, tios, ou amantes de nossas mães nesse país são Presidentes da República?

Tem alguém no MPLA que pode dar explicações plausíveis diante de evidências cabeludas de que até que ponto o nosso “querido” corrupto tem competência para continuar a lidar com a corrupção e definir os destinos do país? Não se trata de ter legitimidade, o fato é que ele é um corrupto. Um corrupto, talvez admirado, pela imaginação mística e corrupta do imaginário popular africano: o homem de aspecto bonito, de poucas palavras e que se deu bem pela sorte milagreira a que nós os africanos envolvidos pelos “espíritos” dos antepassados estamos expostos.
Supondo que ele esteja livre de qualquer envolvimento, direta ou indiretamente, o que chega a ser impossível, mas vamos supor que ele é um verdadeiro inocente longe de todos os crimes que a máfia de políticos angolanos têm cometido. Se é inocente qual o papel dele no combate a corrupção, em que ponto do espaço e do tempo ele está posicionado?

É preciso não se iludirem. O combate a Jonas Savimbi e a manutenção da paz não pode ser o anteparo que da cobertura a um “herói” transformado em corrupto e delinqüente, rodeado de vícios, engolido pela preguiça, o conformismo de nunca ter feito nada e encobrir-se ou travestir-se no criador da obra que pertence a todo um povo: O heróico povo angolano!

Para aqueles que há anos vivem dizendo que é preciso provas para se dizer que em Angola existe a corrupção. Além do cenário montado, as provas estão aí, os crimes existem, o objeto questionado também –os milhões de dólares desaparecidos todos os anos nos cofres públicos, somem- só falta mesmo encontrarem os criminosos ou os corruptos, que, com certeza, a maioria deles está aí no Governo, no Governo do MPLA, dirigido por José Eduardo dos Santos. Só é preciso coragem para acusar essa gente de corruptos.

José Eduardo dos Santos é o homem que se especializou em se inocentar e ver como culpado, de maneira covarde e cínica, os subordinados que vivem bajulando o mesmo. É típico do príncipe mal agradecido, que se refugia de trás dos súditos para salvar o que tem de pouco: coragem, honra e dignidade para assumir seus erros. Isto não constitui uma análise proveniente do ódio, algum tipo de raiva e muito menos pela luta de poder. Quem está aqui ( Nelo de Carvalho) está longe do poder, da mesma forma que a morte está tão longe da vida, aquela não converge nessa, nunca!

É uma vergonha, Senhor José Eduardo dos Santos! A que ponto chegamos, a que nível!? Faça como os bons jogadores de boxe, quando não agüentam mais a pressão – a porrada!- jogam a tolha no ring.

Para mim, que já tive época que tanto o admirei- mesmo com infinitas dúvidas-, é uma pena ver agora você se desgastando no poder. Tornar-se inglorioso e o saco de pancada de uma sociedade que precisa se reestruturar.

Não duvide! Se continuar assim vai chegar o dia em que você vai encontrar-se sozinho. E sentira, talvez, pela primeira vez em sua vida, a dor dos poetas. Que consiste em fazer uma grande caminha, fugindo da solidão e no final do caminho ainda se encontrar sozinho.


“Y jamás como hoy me he vuelto a ver me solo en todo mi camino”- César Vallejo

Muitos de nós já nos sentimos assim há muito tempo. Porque perdemos o direito de termos uma pátria de verdade; porque muitas vezes fomos humilhados e esquecidos por aqueles, que por direito e dever, deveriam nos defender, nos abraçar, nos acariciar; porque vivemos de promessas ao longo desses anos todos, sonhando com um país que até hoje para nós não deu certo; porque o oportunismo e a fé cega na ganância de certas pessoas ceifou o nosso direito de doarmos o que melhor tínhamos a dar ao nosso povo.

Esse talvez não seja o seu caso, mas não se esqueça que o poder é uma das coisas que torna os homens solitários; e, o pior, teimosos, na pele de arrogantes e prepotentes.

Você já está nesse caminho!


Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/

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Quem Será o Próximo a Chegar nos Extremos?

Como um zumbi Mubarak insiste em sair do túmulo, é uma verdadeira múmia que depois de tanto tempo insiste em infernizar a vida de quem está vivo e lúcido. É o ser  que chegou aos extremos.

 Nesse mundo dos vivos e dos mortos quem será o próximo cadáver a infernizar nossas vidas?

 A pergunta vale  também para aqueles que ainda se sentem vivos no poder, mas que dá para notar que à medida que o tempo passa têm o aspecto cada vez mais moribundo que retrata um finado em véspera de sua morte. Quando chegam a esse ponto transformam-se num verdadeiro cadáver político que todos gostariam de se livrar, a trama  é dos vivos rejeitando um cadáver.
 Os vivos   aqui, rejeitando aquele cadáver, compreendem dois tipos de seres: os que há anos já descobriram a degradação, mesmo em vida, daquele que hoje é o cadáver;  os outros são aqueles, que mesmo descobrindo tal situação, fingiram, omitiram e fizeram do mal,  a doença, do moribundo parte do ambiente ou o meio propício para se chegar a fins escusos.  Os primeiros podem ser considerados os milhões de jovens e cidadãos que  andam pelas ruas do  Cairo ou de  uma das qualquer cidades sufocadas e angustiadas pelas injustiças sociais. Os segundos são aqueles, que quer no passado, como no presente, andaram apoiando o difundo em todos os seus malabarismos de sobrevivência.

  Mubarak é como muitos ditadores por aí que se sentem essenciais e salvadores da pátria. Mubarak é um cadáver político, que ninguém sabe como enterrar o mesmo. Todo mundo cospe em cima dele. Mubarak fede! Mubarak é como excremento jogado na calçada de uma rua onde habitualmente passam muitos e vários pedestres. Todo mundo se esquiva, da a volta e olha longe e noutro lado. Mubarak da pena! Se fugir, sair por aí onde achar que deve ir, será caçado. Mesmo velho como é ninguém vai sentir pena dele.

Alguns vivos, ou os que acreditam estarem vivos, mas na posição que aquele cadáver um dia já esteve, vão pelo mesmo caminho. Chegará o dia que não haverá Partido Político nem passado histórico que lhes vai salvar.
Assim é o caso do infeliz  Hosni Mubarak, um velho de 82  anos, arrogante e presunçoso, que acreditava até que seu filho tinha condições de o substituir. Este notou o estado paranóico de seu pai, afastou-se como conseqüência do fedor nauseabundo que aquele transmitia.

Quem será o próximo protagonista a cair em tal situação ridícula?

Nelo de Carvalho
nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/