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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O País Das Aranhas XLI

Uma Camisa de Forças Chamada de BNA




O processo BNA exala um insuportável mau cheiro, o difundo está em decomposição. Vai ser difícil continuar a presenciar esse quadro fúnebre e triste. O pior é que o mesmo não pode ser enterrado. E tem gente querendo dar um jeito em tudo. Negando até que o morto não existe –é a típica entrevista na TPA ou na RNA do Procurador Geral da República que continua negando o envolvimento dos grandes tubarões, ou melhor urubus. Esses estão até dispostos a devorarem o morto, e não com o propósito de saciarem a fome, mas por ser um morto que molesta.

E o morto é a questão principal desse processo, porque o cheiro já todo mundo detectou. São as quase quarentas vítimas perseguidas. E ainda não apresentadas pelos meios de comunicação e que a procuradoria usa para mostrar um trabalho longe de ser eficaz e muito longe da eficiência. Estes dois e’s medem o grau de desempenho necessário para se alcançar um objetivo. O objeto aqui é o morto. O terceiro é a efetividade, é o ‘e’ que produz impacto no ambiente em que se está. Nada será feito e alcançado se aqueles dois primeiros não funcionarem como mandam as regras. Mesmo porque os dois primeiros constituem uma condição necessária e suficiente para que o terceiro ‘e’ seja uma realidade.

O terceiro ‘e’ é a mudança do ambiente putrefaço, que poderá sofrer impacto com o aparecimento e o enterro do morto. Enquanto isso ( não se realizarem aqueles dois ‘e’s) não adianta dar a cara para os amigos telespectadores na TV, ou fazer dos ouvidos destes, na RNA, um mictório.

O pior é que a empreitada pode ser mais cruel do que se imagina. Ninguém em sã consciência pode acreditar que o cheiro exalado no BNA vem de um cadáver só. É mentira! A corrupção para os Angolanos é pior que o terremoto do Haíti, fica quase impossível saber de onde vêm os diversos odores ou a podridão que exala o incontável número de cadáveres de baixo dos escombro produzido pelo desastre. A corrupção é mesmo assim, mata as suas vítimas, mas também pode matar quem faz da mesma a sua caricatura e a mascara para viver, num mundo que não lhe pertence, ou seja, um mundo roubado, expropriado de milhões de almas. Neste caso os mortos a que nos referimos são aqueles que por justiça social e pelo bom senso pode o processo BNA produzir, e que o evoluir do mesmo processo não suporta as justificações do Procurador Geral.

O bom senso reflete precisamente as feições de quem não pode mais fingir que aquele odor marcante e sufocante pode vir de mais longe, de todos os lugares; ou, ainda, do lugar mais próximo possível. Por que ir tão longe quando o cheiro exalado pelos cadáveres imundos da corrupção estão tão perto do nosso general? É só ter coragem de apontar o dedo na direção certa de onde vem tanto cheiro desagradável.





Nelo de Carvalho
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