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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Terrorismo Kwacha Nunca Esteve Em Condições de Reclamar Direito de Autodefesa

Uma guerra civil pode ser deflagrada por vários motivos: motivações políticas, sociais, econômicas e de caráter cultural. A única motivação que a UNITA teve para fazer a guerra foi a de caráter política, quando tinha. Porque todas as que tinham eram fracas, vinham do submundo inconsciente e inconseqüente da mentalidade megalomaníaca e desequilibrada de Jonas Savimbi. Uma mentalidade tribal, individualista e racista; Savimbi era um angolano fracassado e mulherengo que tinha a necessidade de impressionar suas mulheres, amantes, conquistadas na base da truculência; o homem tinha a necessidade de impressionar seus ídolos que igualmente eram tão atrasados como ele. A prova disso é que quando um deles despertava diante da claridade, da luz e de algum feixe de inteligência era degolado imediatamente por ele mesmo e os capangas que continuavam a ser fies a ele.


Em Sociologia a política é um instrumento humano cívico de relacionamento, que precisamente deve ser usado para se chegar ao entendimento de uma maneira civilizada; é com ela que se chega ao poder, fazendo-se o uso do bom senso, das leis e das instituições existente, sem se fazer uso do absurdo. Assim é em qualquer parte desse mundo. Evitar os absurdos inclui seguir regras estabelecidas por todos, entre elas está não fazer acusações sem provas, e quando se fazem devem ser apresentados fatos e evidências. Perguntamos primeiro, quais as provas que Jonas Savimbi e os seus homens tinham ou têm, até hoje, de que as eleições de 1992 foram falsas e fraudulentas? Onde estão estas provas, e porque elas não foram apresentadas, de modo civilizado e não truculento, a um tribunal, diante de um juiz ou um colegiado de juizes? Quando é que esse tribunal, juiz e juizes , se existiram, deram sentença ganha ao Savimbi e os seus homens – e atropeladas por um Estado injusto- para terem moral de deflagrarem a guerra dos últimos 10 anos, de 1992 à 2002.

Sejamos sensatos e não precisamos cair em sofismas e discussões. O MPLA em 1992 tinha todas as vantagens para ganhar as eleições e ganhou. Assim, este mesmo partido não tinha motivos e nem a necessidade de provocar a guerra; ou seja, para sermos mais objetivos, sair por aí matando populações indefesas, atacando civis desarmados, provocando desmandos. Ninguém que ganhe o poder político nas urnas, depois da vitória, sairia matando o povo nas ruas como gratidão. Então, respondam –herdeiros da UNITA e de Jonas Savimbi-, por que o MPLA teria motivos de começar novamente uma guerra? Quando era esse partido e o governo no poder que estavam desgastados militarmente para deflagrar e começar uma nova guerra; já que os 13 anos de enfrentamento contra o regime do apartheid provocou desgastes à sociedade, ao MPLA, ao Estado e até ao Governo. Tanto que isso foram motivos fortes que inspiraram Jonas Savimbi e os seus homens a darem continuação a uma guerra que eles acreditaram estarem em vantagem para vencer a mesma.

Não se esqueçam que diante dos discursos de Jonas Savimbi, naquela época, quem tinha os “comandos bem treinados que viam de Marrocos” eram as FALAs, a UNITA e os kwachas. Uma prova de que Savimbi não estava para brincadeiras! O líder, anti-tudo, vindo das trevas, ou melhor, da Jamba, estava disposto a arrasar tudo que contrariasse suas ambições. Por que então fazer uso da falta de visão, supostamente do cidadão, e da infâmia que caracteriza os dirigentes da UNITA, de que “A UNITA não lutou contra si, mas sim contra uma outra força, que para alcançar a paz teve também de destruir e matar em circunstâncias que a necessidade da luta impunha. Os dois mataram, destruíram e saquearam”? Os dois!? Quem são esses dois?

Da para notar com que vontade e flexibilidade a UNITA usa a expressão “ matar, destruir e saquear”; da para notar que ao longo dos anos de sua existência praticou muito bem e com perfeição tudo isso sem remorsos e sem medo de que um dia no futuro, jamais, seriam julgados por todos os crimes que cometeram. Da para notar que atrás de tudo, o que a UNITA fazia não existiam princípios, não existiam motivações sociais, econômicas ou minimamente culturais.

Ou seja, a motivação da UNITA fazer a guerra e do seu líder era porque se sentiam no direito de também matar, destruir e saquear “porque o MPLA também fazia” a mesmas coisas. Então a UNITA não lutou para defender os angolanos, ou até mesmo os angolanos da tribo ovimbundo contra a submissão dos crioulos, dos mulatos e do MPLA? A UNITA lutou, porque o MPLA, também, matava! Se isso for verdade que direito dava a UNITA e a Jonas Savimbi de fazerem justiça por mãos próprias, ou acaso os homens da UNITA nunca ouviram falar da soberania do Estado, que este é o único que tem direito de fazer justiça diante de qualquer injustiça.

Se a UNITA em 1992 aceitou participar nas eleições, aceitou o regime pluripartidário, deveria também estar à altura de reconhecer o Estado atual ( e reconheceu), antes e depois das eleições, naquele período de 1991 a 1992. Não entendemos como um movimento ou partido que sempre diz ter defendido os angolanos: “primeiro os angolanos, segundo os angolanos, terceiro os angolanos, quarto os angolanos....”, poderia se dar o direito de apoiar em mesma escala “um governo ou estado assassino, matador, destruidor e saqueador” –ou seja, agindo da mesma forma que esse estado agia. Isso segundo a lógica dos dirigentes da UNITA e os seus simpatizantes.



Não entendemos a posição da UNITA quando diz que matava, porque também o MPLA matava, destruía e saqueava.

Na verdade, quem são os que não entendem? Os simpatizantes da UNITA? Os cidadãos, que mesmo não sendo do MPLA, querem se deixar enganar pelos dirigentes desse partido?

Vamos seguir um outro raciocínio, que está no parágrafo a seguir. Este e um dos que está em cima já referenciado elimina o suposto direito de auto defesa reivindicados pelos homens do Galo Negro. Na condição de assassinos eles nunca tiveram esse direito.

Se o MPLA tinha tanta sede de sangue de matar quem era da UNITA; fazemos-nos a seguinte pergunta. Onde estão os mais 70 deputados da UNITA, que na época em que Savimbi fazia a guerra nas matas, matando mulheres e crianças indefesas, estes mesmo deputados faziam discursos lá no parlamento? Muitos deles até apoiando as estratégias de guerras do seu chefe. Hoje, a maioria deles -a não ser os que morreram de paludismo, cólera e de beber tanto vinho estragado e kaporroto- estão todos vivos, uns como empresários. Entre eles os que sustentam e financiam a voz dos locutores embriagados da Rádio Despertar. Quantas empresas desses empresários foram destruídas? Depois de conquistada a Paz o MPLA tem o poder que tem. Se o nível da falta de escrúpulos, de vergonha e instinto destruidor fosse igual a dos homens do Galo Negro a Rádio Despertar e quem financia a mesma, direta ou indiretamente, não existiriam. E se considerarmos que essa emissora vive fazendo apologia à violência e o retorno à guerra, o direito de destruição estaria a favor de milhões de ameaçados e ofendidos que UNITA até hoje vive insultando.

A falta de cultura, o egoísmo, o oportunismo, o ufanismos tribal e a boçalidade dos dirigentes da UNITA –em não saberem se defenderem dos crimes que cometeram no passado-, assim como do seu maior e difundo líder (como o seu desequilíbrio mental) nunca tornaram claras e evidentes as motivações do porque que a UNITA andou travando 20 anos de guerra nas matas contra os próprios angolanos.

A UNITA precisaria de bons advogados para isso e que de preferência que os mesmos sejam escutados diante dos tribunais e juizes competentes. É inadmissível que terroristas, um bando de ignorantes e incompetentes –terrorismo contra a nação é crime hediondo e imprescritível em qualquer cultura- possam ir à imprensa, diante dos jornais e da televisão justificar seus crimes fria e barbaramente cometidos contra milhões de pessoas.

É inadmissível que essa gente hoje, com malabarismos maquiavélicos, possam se sentir tão a vontade e livres para acusar quem fez o uso simples do direito de defender a vida, tornando os fatos confusos, empurrando a memória e a história de um povo a ocultarem-se da verdade, como a Lua oculta-se do Sol diante de um Eclipse.

Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/
http://www.a-patria.com/

2 comentários:

Anônimo disse...

Estarei sempre acompanhando suas publicações, gosto do que vc escreve, apesar de, as vezes achar vc um tanto quanto contraditório em suas ideias. O que vc faz é muito importante, vc faz com que os leitores esteja o tempo todo procurando o "Nelo" as informações contidas nod artigos do "Nelo" é isso é muitissimo importante. Eu te admiro enquanto escritor.

Anônimo disse...

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