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quinta-feira, 31 de março de 2011

O Otimismo dos Idiotas

Se um regime corrupto nascido numa ditadura chega a conclusão que deve abrir-se à críticas e as manifestações barulhentas é porque está no início de sua decadência. Quando isso acontece é porque o mesmo não se sustenta sobre os seus pilares. As vigas e os suportes verticais que ainda mantém o regime corrupto do Presidente José Eduardo dos Santos são construídas de cinismo, incompetência, falsidade ideológica e a mentira “clarividente” que retrata o homem que não dá um passo sem que algum dos seus subordinados com instintos caninos defendam as inaptidões do chefe aqui mencionadas.



Inaptidões tidas como virtudes para uma triste turma que soube fazer da luta pelo poder o pódio para exacerbar o seu individualismo de características primitivas –quase sempre-, e a conquista daquilo que é de todos em benefício próprio. Eles souberam juntar de maneira exitosa, harmônica e infeliz–e rara- os vícios de uma sociedade corrupta que impedem a construção de qualquer Estado sério, que represente verdadeiramente uma nação ou ainda o Estado de Direito.

Um Estado que poderia e deveria viver ombro a ombro com sua sociedade é tido hoje como um Estado delinqüente consumido pela reunião triste de tudo aquilo que não parece vir de tão longe – o ínferno-, mas do submundo que só as ditaduras corruptas sabem oferecer.


O fim da corrupção ou a cultura do combate a mesma não se dará com o otimismo dos idiotas, mas com uma verdadeira mudança constitucional que acabe com os privilégios supremos do Chefe do Executivo. Uma Constituição que dê direito supremo ao cidadão de eleger diretamente os seus dirigentes. Este direito facilita que todos sejam sabatinados diante do desejo popular. E evitar-se assim a construção estúpida e idílica do personagem que tudo é, tudo faz e fez. Construção geralmente feita pela gang fiel de sabujos quase sempre famintos de favores e de migalhas no poder. A turma de leprosos pegajosos irrita a sociedade civil e os grupos políticos que de maneira sábia, justa ou não –mesmo sendo uma minoria-, lutam por melhorias sociais.

O direito a se evitar crises políticas e instabilidades é uma missão que as regras democráticas devem procurar evitar. E aquela regra do direito ao voto direto é fundamental, senão a principal de todas.

Assim não adianta autorizar manifestações, ou qualquer outro tipo de entendimento, sem as correspondentes contra partidas políticas. Entre elas está primeiro o combate a corrupção, que deve começar com a mudança da própria Constituição e as leis infraconstitucionais, que dão proteção aos chefes corruptos. Em seguida promover uma verdadeira liberdade de imprensa, isto inclui em transformar em autarquias independentes os meios públicos de comunicação, sem as interferências de quaisquer Ministros do Governo ou do Presidente da República. Evitar que os mesmos sejam a voz dos corruptos no poder ou canal onde o silêncio dos mesmos se manifesta.


Um regime corrupto e ditatorial, uma falsa democracia, só é destruído com justiça social. Quem está no poder tem que provar que não é ditador e corrupto promovendo a justiça social. A nota para esse tipo de promoção em Angola é zero.

Corruptos e mentirosos geralmente são covardes. E vêem na justiça um empecilho para aquilo que mais desejam: manterem-se eternamente no poder, mesmo quando se sabe que não viverão o suficiente para isso.

Nelo de Carvalho
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