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quinta-feira, 3 de março de 2011

Quantos Dos 2 (dois) Milhões Que Participarão Na Manifestação Em Apoio Ao Corrupto Mor Ostentam Uma Pulseira De 150 Mil Euros!?

A Isabel dos Santos a essas horas deve estar rindo na cara dos milhões de manifestantes preparados para participarem na manifestação organizada pelo Bento Bento. Vamos ver se entre esses milhões a nossa "Princesa" vai estar na mesma. Talvez ela tenha tanta coragem – como o pai, que diz e finge que não é corrupto— em ostentar a pulseira de 150 mil euros, para isso, com certeza, vai precisar de uma boa segurança. Será que ela vai estar no meio dos manifestante apoiando o pai ou no palanque exibindo a pulseira? E se estiver no meio dos manifestantes de baixo do Sol ardente de Angola, quem dará proteção a ela? Os “crioulos” portugueses que empossaram ela como "Princesa" de Angola, ou os homens que fazem parte de um exercito aguerrido e vencedor da nação Angolana? Esse exercito que hoje é usado para proteger o que há de mais mau e repugnante entre os angolanos: o descaramento, a zombaria, a desonestidade, a infâmia e a corrupção! Um exercito que nada tem a ver com as origens, os costumes, os vícios e as manias que ostenta Isabel dos Santos. O exercito de Angola representa a “minha avó”, as quinguilas desse país, as quitandeiras.

Eles são os filhos e netos da “minha avó”!

Uma manifestação reunindo 2 milhões de militantes do MPLA em apoio a José Eduardo dos Santos é uma ultrajem a cada um de nós os angolanos. É ultrajar a dignidade e os sentimentos da minha avó, que num só dia em nome da independência de Angola perdeu o marido e o filho.



Por um problema de acomodamento, falsidades, mentiras e covardias pode ser que José Eduardo dos Santos consiga reunir dois milhões de pessoas em uma Praça. Mas já se sabe que tudo isso não foi construído por ele. Também sabemos que é encima dessa construção que ele consegue sustentar a corrupção.

De que o MPLA tem legitimidade para governar Angola é uma verdade que dela não se podem semear mentiras e, futuramente, recolher frutos desta planta. A grande mentira é acreditar na eterna e inabalável legitimidade de seus dirigentes num regime democrático, onde o êxito para o mesmo regime e a solução dos problemas –entre eles a corrupção-, é a alternância do poder.

Os frutos dessa planta maligna é acreditar que não existe mais ninguém capaz para substituir a velha guarda corrupta e desorientada no meio de tantas delícias que a democracia burguesa oferece. O fruto, venenoso, é a convicção perigosa – e que pode levar, sim, a guerra-, que aquela turma, os velhos – e o MPLA corrupto!-, têm de que os mesmos são insubstituíveis; e que a corrupção é um mal menor diante de todas as tentativas para se combater a mesma.


Hoje, José Eduardo dos Santos não é um mal menor. Ele é o grande perigo para a democracia. Da mesma forma que Savimbi existiu para a guerra, hoje José existe para a corrupção! Passou a época em que ele era um mal menor. Essa época era a época em que o terrorista Savimbi estava vivo. Como na filosofia e na dialética, a morte daquele, inquestionavelmente, desmascara e faz emergir a podridão deste. Só não vê isso quem não quer. Ou adotou a malícia, dentro desse mesmo partido, o MPLA, como a ferramenta ferrujada e usado nos tempos de guerra para se dar bem.

O MPLA precisa ser esclarecido ou, melhor, não ser enganado por uma liderança onde os espíritos, “ingênuos” ou não – e por necessidade-, habituaram-se a depositar uma confiança onde não existia. Não é difícil encontrar provas no ambiente político angolano sobre a falta dessa confiabilidade.

Nós os angolanos, de Cabinda ao Cunene, do Leste ao Mar, ganhamos e vencemos uma grande batalha; a conquista da Paz com a morte de Jonas Savimbi. Mas a nossa luta não termina aqui, ao contrário, uma outra batalha, que não necessariamente a dos canhões e das armas de fogo, nos espera. Está batalha e luta começa com o desmascaramento, preciso, sem dúvidas e necessário de que José é um corrupto!

Queremos aqui gritar nesse texto que a manifestação ou as manifestações do dia 7 de Março em diante, não são manifestações contra o MPLA e muito menos contra a Paz. E que atrás do MPLA e da Paz existem vários oportunista que desejam e mostram quererem tirar proveito individual. O maior oportunista nesse caso é o próprio José Eduardo dos Santos, que sempre se escondeu atrás desse partido histórico, com uma turma de apoiadores, igualmente, ambiciosos e oportunistas. São estes que hoje, na contradição e na confusão gerados por eles mesmos, querem agora convocar o povo e a juventude a apoiarem o tal do camarada presidente. Ele é um corrupto que está enganando a todo Povo!


A situação de Angola exige que cada um de nós enfrente o “grande” medo de que a guerra pode ressurgir a qualquer momento – coisa que este articulista não acredita. Mas analisemos essa possibilidade remota.

Só existe um motivo, e só um; que poderá levar novamente o país à guerra. O mesmo motivo pode ser subdividido. Comecemos pelo Conjunto Universo, esse motivo é a Corrupção. Entre as subespécies está: o não entendimento dos militantes do MPLA, que combater a corrupção –dói a quem doer- é uma “batalha” necessária, que nesse caso os sacrificados não serão as milhares de crianças que ficam sem enfrentar boas escolas, os bairros sem saneamento básicos, as estradas mal construídas, os milhões de desempregados de um país que cresce em media dez por centos ao ano, os empreendimentos públicos entregados a iniciativa privada sem Licitação e Contrato claro e transparentes. Os sacrificados serão os corruptos!

Pode ser que o MPLA, de José Eduardo dos Santos, consiga reunir dois milhões de pessoas, pode até ser que numa guerra dois milhões de pessoas morreriam por José Eduardo dos Santos, o que precisamos saber é se a causa que levariam dois milhões de pessoas a apoiarem o Zé Du, passaria no crivo da história. Se é algo que vale a pena!? Para raciocinarmos bem não precisamos sair das fronteiras nacionais ( Angola). O próprio Savimbi tinha mais de um milhão de apoiadores, talvez até dois milhões, em 1992; com certeza até duzentos mil simpatizantes da UNITA estariam dispostos a morrer por Jonas Savimbi, mesmo sabendo que ele era um criminoso. O resultado de tal desperdício, da arrogância, da incompetência e da burrice, é que todos nós, hoje, odiamos Savimbi pelo que fez e pelo que “deixou de fazer”. O “deixar de fazer” aqui consiste em saber se organizar para os novos tempos que surgiram para o líder Kwacha, que desprezou e debochou da própria democracia, que ele tanto dizia ter lutado e conquistado.

O MPLA e o próprio José Eduardo dos Santos, na sua cegueira, estão caminhando na mesma trilha. O poder só se concentra nas mãos de um homem ou partido quando existe legitimidade, e a legitimidade sempre vem do povo. A corrupção, não reconhecida hoje pelo MPLA e pelo seu presidente, é como um cancro que vai se expandindo e pode acabar com qualquer legitimidade a qualquer momento.

Hoje o MPLA pode reunir em sua volta de maneira enganosa dois milhões de pessoas. Dentro de cinco ou dez anos quantos serão? Quando todos se convencerem e não aceitarem mais que uma Isabel dos Santos, filha do Presidente, tenha condição de controlar quase metade da economia do país. Quantos continuarão a dar legitimidade ao MPLA? Quando todos os angolanos convencerem-se de que seus filhos devem ter as mesmas oportunidades diante do Estado e da Sociedade e não precisarão acionar o mecanismo do tráfico de influência. Quantos darão legitimidade àquele poder egoísta e egocêntrico?

A legitimidade ganhada por um governo vem, além do bem estar da sua população, também, da transparência dos homens do poder ao lidarem com a sociedade. Cuba é um Exemplo! Não estou fazendo apologia ao Comunismo ou ao Socialismo! Defendo sim a democracia –essa que existe em quase todo hemisfério ocidental- desde que ela tenha inclinação em “resolver os problemas do povo”!

As lideranças do MPLA até hoje não provaram que são homens transparentes ao relacionarem-se com o povo humilde e sofrido desse país. Estou falando de lideranças e não do MPLA povo. E hoje impressiona como os mesmos têm se manifestado de maneira reacionária quando se afastam de suas origens. Este afastamento consiste no uso indevido daquilo que lhes torna forte e poderoso: o próprio poder que vem das ruas.


Nelo de Carvalho
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Um comentário:

Anônimo disse...

isso é tudo muito bonito mas a guerra dos angolanos é no voto. Quem não está contente, em 2012 vota noutro partido e pronto. Essa paz que nós hoje temos, foi arrancada a ferro e fogo, e quem viveu tudo isso na pele, não está interessado em mais guerras. Viver fora do País e fomentar desordem é fácil...