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quinta-feira, 4 de março de 2010

O País das Aranhas XLII

Carlos Contreira, Um Corrupto na Oposição, o Kazucuteiro da Política Angolana

O Jornal de Angola só publica coisas sérias, se é assim então vamos entrar no jogo da mesma publicação. Preferimos escrever este texto baseando-nos na publicação mencionada do que no político. Já que aquele é a prova do vandalismo e da delinqüência política que existe no país; que agora faz questão de ingressar no bordel privativo dos corruptos.

A seriedade do mesmo Jornal é tão exemplar, a não ser que existe uma sutileza encobrindo toda uma fachada -e entramos na ironia-, que andou publicando as habilidades de super-homem e do homem aranha que esse político tem para esquivar as balas de metralhadoras que um certo comando de homens ao mando do partido no poder tentou infringir no mesmo. Carlos Contreira é fundador de um famoso partido republicano em pleno século vinte e um. Num país que precisa enfrentar a corrupção, e não a monarquia, já que essa forma de governo é um delírio dos espíritos desequilibrados que não sabem onde bater com os dentes e a língua na hora de bajularem o poder. É bem possível que a luta pela bajulação seja o programa político de algum partido, mas pelo visto já não pode ser o programa político do PRN, o partido fundado por Carlos Contreira, afinal o PRN é republicano; e republicanos não bajulam monarcas. Além disso, o fundador do mesmo partido depois de esquivar todas as balas e ameaças vindas do poder, andou precisamente pedindo refugio a uma monarquia, a anti-tese da república. O Jornal de Angola como uma publicação séria que é, publicou em detalhes o exílio do nosso super-homem, perseguido pelo MPLA, tal vez mesmo pelo MPLA-PT, aquele MPLA do Lucio Lara.

Espero que o amigo leitor consiga, com ajuda penosa, descobrir as ironias do texto e as alfinetadas que o mesmo carrega, pôr onde for possível, na medida do possível, e extrair onde não caber quando for possível. Peço desculpas!

Carlos Contreira nos faz recordar aquele desenho animado nacional, o Kazukuteiro, que o Jornal de Angola nos seus tempos de seriedade alta e aurora – e aqui sem ironia- fazia questão de publicar em suas páginas para combater a corrupção. Já se foram os tempos. Não sei se hoje estariam a altura de contratar um humorista provocador e com visão aguçada. Desde que não fosse perseguido pela Opus Bajulação, parafraseando aqui a Opus Dei; aquela seita de vampiros católicos comandados pelo Vaticano há mais de seis séculos. A nossa só tem 30 anos de existência, mas não tem porque invejar aquela.



Como nos tempos do Kazucuteiro, as aventuras de Carlos Contreiras têm sido acompanhada pelo Jornal de Angola, afinal ele é o nosso herói. O importante é que ele esteja do nosso lado, mesmo noutro hora quando ele não sabia que estava do nosso lado, o nosso jornalzão fez questão de publicar todas as aventuras do nosso herói Kazucuteiro. E hoje com muito mais razão. Afinal, Carlos Contreira fez o que interessa a todos, mostrar que se alistou onde sempre devia estar: os cubanos chamam isso de escórias. Ou será que Carlos Contreira, por estar na oposição, é a escória da corrupção e quem está no poder pode ser tratado como um corrupto elegante e até defensor do povo?

Vai ser fácil a qualquer momento, para o Jornal de Angola, dizer a todos que nesse país não “existe oposição credível”. Existe, sim, Carlos Contreira, agora é um deles. Isso era antes, quando ele estava do outro lado. Como o mesmo Jornal sofre de sinceridade aguda vai acertar dizendo que essa sentência não é uma descoberta do mesmo. E não é mesmo –termino respondendo com a última oração.



Assim - e aqui faço sentir a minha voz até no final do texto, longe daquele mundo irônico e podre-, com a nossa crítica séria melhor massacrarmos os corruptos que estão no poder em benefício de uma transparência do que deixar essa gente governar o país da maneira que quiserem. Incluindo corromper aqueles que estão na oposição ou fazer que os mesmo passem fome e possam ser fisgado a qualquer momento pelo estomago.

Corruptores e corrompidos podem estar na mesma lata de lixo. Mas se o problema é seriedade, alguém tem que segurar essa bandeira, a bandeira da informação séria. Essa bandeira não pode ser empunhada por qualquer político, mesmo quando se diz ser sério, ou que alguém acredita que o mesmo é sério como o Jornal de Angola tem acreditado nos políticos que defende. Já não é segredo para ninguém que a corrupção chegou aos meios de comunicação. E com essa seriedade dos Jornais que existem por aí, o jeito é acreditar que a moralização da sociedade e do estado deve começar primeiro nos meios de comunicação.

Afinal quem publica o abraço e a festa que Carlos Contreira da aos corruptos angolanos, publica qualquer coisa ou, ainda, omite qualquer coisa.

Sujeira é sujeira, porcaria é porcaria não importa de onde venha!

Nelo de Carvalho
http://www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com/
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