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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Como Tirar Proveito de Uma Crise

PIIGS são as inicias de um conjunto de países que fazem parte da União Européia, considerados economicamente os mais problemáticos, Portugal, país que nunca saiu do atraso, mesmo tendo o que teve, está entre eles. A atual crise é o tipo de situação que vem acabando com as esperanças de milhares ou milhões de portugueses, e quem esta nessa nau portuguesa não exitará em fazer algo para abandonar a mesma. Aqui ainda é preciso termos em conta a tradição de emigração desse povo ibérico, que para o resto do mundo tornou-se, para bem ou para mal, uma desgraça. Ignorar esta crise e a situação naquele país no, contexto angolano, é querer tapar o Sol com a peneira, mesmo porque a aproximação cultural entre a nação lusitana e os angolanos tem produzido historicamente conseqüências fatais. A saber, os PIIGS são: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha.


É partindo dessa fatalidade e desgraça que políticas de emigração, seguindo a rigor procedimentos e interesses para o benefício dos angolanos, deveriam ser tomadas no país africano. Portugal tem o seu lixo e os seus problemas, que nós os angolanos, nesta fase da era do “eldorado” que nos tocou viver, não temos obrigação de compartir ou até dividir o que há de pior naquele país europeu: desemprego e muita mão de obra desqualificada em detrimento do bem estar social de milhões de angolanos.

Ou seja, mesmo não sendo o desejo da maioria absoluta dos angolanos, com a crise dos porcos, que é a expressão pejorativa e preconceituosa usada em inglês para qualificar e desqualificar aquele conjunto de países, com as inicias no início do texto, podemos esperar, sim, uma invasão portuguesa nas terras de Mandume, Ekukui e N’gola Kiluange.

A missão do Estado angolano, aqui, diga-se a verdade é uma missão simples, se reconhecermos que a corrupção a que o Estado angolano está exposto for bem combatida. Essa missão é simplesmente a de ter capacidade de filtrar essa emigração e saber tirar proveito dela. Tirar proveito dela é ir atrás dos melhores profissionais e quadros que aquele país pode nos oferecer com a emigração tumultuosa que agora existe lá.

Vamos partir do princípio que a nossa mão de obra barata e nativa é mais do que suficiente para reconstruirmos o país, o que precisamos é de extrema mão de obra qualificada e de preferência em lugares estratégicos da economia para poder dirigir e requalificar aquela em todos os aspectos. E evitar a entrada no país de pedreiros que chegam a ganhar mais que os engenheiros nativos, choferes, de seguranças, o que passa a ser algo irônico, num país com milhares de homens que andaram empunhado armas sofisticadas ao longo dos tempos de guerra. Lugares estratégicos da economia podem ser considerados a educação de nível superior, a saúde e outros setores onde se achar necessário e conveniente.

Com esse filtro de emigração, aqui mencionado, tentamos mandar um regado ao governo angolano, já que agora tem se posicionado, deliberadamente, como um governo impopular, reacionário e corrupto. Que a crise naquele país lusitano não pode servir de motivo para repovoarem de maneira saudosa o país dos Angolanos com o pretexto de se atrair profissionais para ajudarem a reconstruir o país. Se o problema é reconstruir o país temos que contar com os nossos profissionais e a nossa mão de obra nativa. Aqueles, os portugueses, podem participar, sim, desde que este filtro usado seja num interesse de suprir necessidades extremas e que exigem alta qualificação e que comprovadamente seja demonstrada e se conclua que fará diferença para a economia do país e do desenvolvimento social deste.

É preciso, também, evitar o regresso da ala fascista, neofacistas e racistas, herdeiros da era salazarista, que têm desembarcado de maneira sorridente e vitoriosa no Aeroporto 4 de Fevereiro.

Nelo de Carvalho
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